DRONE

Albatroz: o novo drone militar com tecnologia 100% nacional capaz de voar sobre o Everest

Ideal para missões de reconhecimento e para o transporte de pequenos mísseis, o drone foi projetado para auxiliar a Marinha do Brasil, que deve receber o primeiro protótipo

Drones Albatroz e Atobá, da Stella Tecnologies.Créditos: Airway
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Uma desenvolvedora brasileira de sistemas aéreos não tripulados anunciou, durante a oitava Mostra BID Brasil, um dos mais importantes eventos da indústria de defesa, a nova versão de seu drone militar, capaz de realizar missões a mais de 12 mil metros de altura

A Stella Tecnologia lançou o Albatroz — nome inspirado na ave marinha da família dos diomedeídeos, de grande porte —, um drone com tecnologia de turbinas inteiramente nacional, que alcança 500 newtons, com grande potencial para atuar em missões de alto desempenho das Forças Armadas brasileiras.

A tecnologia foi uma parceria com a Aero Concepts, fabricante também brasileira, com sede no estado de São Paulo.

O Albatroz pode alcançar velocidades de até 250 km/h, além de uma altitude significativa — de 40 mil pés, ou 12 mil metros, como já evidenciado —, o que lhe permite atuar estrategicamente em pontos mais altos do que o Monte Everest (com 8.849 metros de altura), como evidenciou Gilberto Buffara, CEO da Stella. Foi projetado para operações de extrema complexidade, e seus testes de voo devem começar a ocorrer a partir de 2025.

A operação do drone, o segundo maior do Brasil (com 4 metros de comprimento e 7 de envergadura), pode ser feita a partir de 150 metros, o que possibilitaria, além disso, seu uso em missões navais; e ele ainda consegue transportar cargas de até 50 kg, com um peso máximo de decolagem que chega a 200 kg. 

Ele é levemente menor em comparação a outro modelo da mesma companhia: o Atobá, com 8 metros de comprimento, 11 de envergadura e até 500 kg de peso máximo de decolagem.

O Albatroz pode ser utilizado para o transporte de pequenos mísseis, além de tecnologias de radar e sensores. Seu principal objetivo é auxiliar em missões "a partir do Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico", disse Buffara, "seguindo especificações da Marinha do Brasil". A Marinha, aliás, deve ser a primeira a receber um protótipo do drone para testes operacionais. 

O Albatroz, que contém sensores de identificação topográfica, ainda permite "a inspeção de longas faixas marítimas e terrestres".

Agora, resta obter a certificação do veículo não tripulado com a Agência de Aviação Civil (ANAC), que deve autorizar os testes e o novo sistema de propulsão adicionado ao modelo. 

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