Nesta segunda-feira (16/12), a Embraer anunciou a primeira venda de seu avião Super Tucano no padrão OTAN (A-29N).
O Tucano é um turboélice de ataque leve usado para treinamentos avançados e missões de reconhecimento, conhecido por ser versátil, eficiente e capaz de carregar até 1.500 kg de armamentos pesados (como metralhadoras, foguetes, bombas e mísseis ar-ar).
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A aeronave de combate foi encomendada e vendida com o conjunto de especificações e procedimentos estabelecido pela Organização para a padronização de seus equipamentos, que garante sistemas logísticos, de comunicação e codificação comuns.
O comprador foi Portugal, com um negócio que soma R$ 1,2 bilhão e deve garantir 12 aeronaves para o Ministério de Defesa português.
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A fabricante já havia consolidado o modelo KC-390 como um dos favoritos para os membros da aliança militar, adquirido por pelo menos cinco países (dentre eles, Portugal, Holanda e Suécia), e agora se lança ao mercado do Super Tucano com a Ogma, empresa em que tem participação majoritária, responsável pela montagem do avião em Portugal.
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Além de Portugal, a Holanda também é um potencial mercado para o Super Tucano, cujo baixo custo operacional e a alta autonomia em ar (de até seis horas) o tornam uma boa escolha para missões e exercícios.
Apesar de já ter sido adquirido, antes, pelos EUA, o modelo nunca foi operado por americanos, mas enviado a aliados do país no Oriente Médio. Hoje, pelo menos 20 países no mundo inteiro já adquiriram o Super Tucano, e é a primeira vez que um membro da OTAN faz uso próprio da aeronave.
Os gastos de defesa da aliança prometem aumentar com a chegada de Trump ao poder, e os novos desenvolvimentos da guerra entre Rússia e Ucrânia podem elevar esse cenário.
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O Super Tucano vendido a Portugal vem equipado com um datalink, que permite a troca de informações com outras aeronaves, assim como entre bases no solo; permite selecionar uma opção para a operação por apenas um piloto (chamada 'single-pilot operation'); e conta com sistemas ópticos, infravermelho, visão noturna e designador de laser de última geração.
Ele pode operar, além disso, a partir de pistas remotas, sem muito apoio logístico, e performa bem em atividades de interceptação aérea e ataque contra-insurgente.
Espera-se que o mercado para esse modelo seja ampliado pelo negócio com as forças aéreas portuguesas, em especial com aqueles países que já utilizam o KC-390.