De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), a média mundial de carbono emitido por aeronaves é de 123 gramas por quilômetro, o que corresponde a até 2,4% das emissões mundiais.
Voos internacionais, como as rotas São Paulo - Barcelona ou Rio de Janeiro - Chicago, podem ser responsáveis pelo lançamento de 5,5 toneladas de carbono por pessoa na atmosfera, o equivalente ao dobro das emissões de um carro familiar em cerca de um ano, de acordo com a BBC.
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Mudanças no design e na forma operação das aeronaves já podem contribuir com um menor dispêndio de combustível e menores emissões de gases do efeito estufa; mas e se a necessidade mesma do combustível fosse eliminada?
É a esse lugar definitivo que uma startup sueca de aviação pretende chegar.
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O maior avião elétrico já construído pertence à Heart Aerospace, fundada em 2019 e especializada em tecnologias de transporte elétricas.
O modelo, chamado Heart Experimental 1 (ou X1), é um protótipo — a versão inicial de testes — de outro avião, projetado para o transporte de até 30 passageiros em voos sem emissões.
Com um design moderno e uma estrutura com curvas acentuadas, o X1, que tem asas comuns, mas também conta com duas hélices, deve ser uma introdução aos novos modelos de aviões elétricos e o precursor do modelo ES-30, também já em desenvolvimento pela empresa sueca.
Ele será o maior avião elétrico a alçar voo, antes do ES-30.
O sucessor do X1, ES-30, deve ser capaz de alcançar até 200 km com o uso de energia elétrica, mas terá também uma capacidade híbrida para permitir voos de até 400 km.
E o X1, que está em fases finais de desenvolvimento, deve iniciar seus testes de voos já no segundo trimestre de 2025, com o primeiro deles partindo do Aeroporto Internacional de Plattsburgh, no entorno de Nova York.
O voo deve servir para "validar as capacidades da tecnologia de propulsão elétrica da Heart", afirmou a companhia.
ES-30
O maior avião elétrico do mundo tem uma envergadura (a distância que vai de uma ponta da asa à outra) de 32 metros, e deve ser capaz de eliminar emissões de carbono para rotas curtas, proporcionando custos operacionais mais baixo e conectividade regional (ele pode operar em pistas de até 1.100 metros, consideradas pequenas).
Seu tempo total de recarga é estimado em apenas 30 minutos, e sua tecnologia híbrida deve permitir que realize também rotas mais longas.
A certificação do ES-30, modelo do qual o X1 é um protótipo, está prevista para o final da década, até 2029.