O laboratório de biossegurança máxima (NB4) Orion será construído para pesquisas com patógenos, com uma estrutura única no mundo. O Orion custará R$ 1 bilhão e será construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas.
O Orion será o primeiro laboratório de biossegurança máxima na América Latina. O projeto terá um diferencial em relação aos outros 60 laboratórios desse tipo no mundo: será a primeira instalação NB4 no mundo a estar conectada a uma fonte de luz síncroton, o acelerador de partículas Sirius.
Te podría interesar
O laboratório integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado na última sexta-feira (11) pelo governo federal. O PAC prevê investimento de R$ 1,7 trilhão até 2026.
Para que serve o laboratório?
O Orion será um espaço de pesquisa de patógenos capazes de causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade – classes 3 e 4, por isso a sigla NB4. Será no laboratório que cientistas poderão monitorar, isolar e entender o funcionamento de agentes biológicos, de modo que sejam desenvolvidos métodos de diagnóstico, tratamentos e vacinas a partir dos estudos.
Te podría interesar
O complexo terá área de cerca de 20 mil metros quadrados, com previsão de entrega para 2026. Até este prazo, o Orion passará por avalições e checagens internacionais de segurança e de funcionamento pleno, para que possa operar regularmente. O projeto também conta com a capacitação de profissionais cientistas, com a missão de alavancar a ciência brasileira.
Seu destaque é o acesso à três linhas de luz, ou estações de pesquisa, do Sirius – a mais complexa instalação científica do país que permite a investigação da composição e estrutura da matéria.
A verba para a construção do Orion e da fase 2 do Sirius deve vir do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).