Laboratório brasileiro inicia fabricação da Sputnik V no país

Representantes da União Química devem se encontrar com Anvisa para tratar de uso emergencial da dose; STF intimou agência a apresentar informações sobre pedido

Foto: Agência TASS
Escrito en CORONAVÍRUS el

O diretor do Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), Kirill Dmitriev, disse nesta quinta-feira (21) que a vacina Sputnik V, contra a Covid-19, já está sendo produzida no Brasil pela empresa União Química.

A empresa apresentou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na semana passada, pedido para uso emergencial da vacina no Brasil. No entanto, o pedido foi devolvido, sob alegação de que o produto ainda não passa por testes clínicos de fase 3 no Brasil, requisito para a autorização ser concedida.

O governo da Bahia, então, requisitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a possibilidade de compra e distribuição das doses. O ministro Ricardo Lewandowski determinou nesta quarta-feira (20) que a Anvisa forneça ao governo baiano informações sobre a análise do pedido para uso emergencial das doses.

Estados e municípios podem recorrer ao STF para pedir esse tipo de permissão para vacinas. Isso desde que elas já tenham sido aprovadas por autoridades sanitárias de outros países, com certificação da Organização Panamericana de Saúde (Opas), ainda que sem o aval da Anvisa.

Segundo a União Química, a Sputnik V já está registrada na Sérvia, Belarus, Argentina, Bolívia, Palestina, Venezuela e Paraguai.  Nesta quinta-feira, o presidente da Argentina, Alberto Fernandez, foi imunizado com o produto.

A Bahia fechou um acordo para a aquisição prioritária de 50 milhões de doses desta vacina em agosto do ano passado.

Representantes da União Química devem se reunir nesta quinta-feira (21) com a Anvisa para falar da autorização do uso emergencial da dose no país.