POLÍTICA NAS REDES

Twitter: Musk defende "liberdade de expressão" e manda usuários pedirem "censura" aos governos

A declaração foi feita em resposta ao que o bilionário considera uma "reação extrema" à compra da rede por "aqueles que temem a liberdade de expressão"

Fabio Faria, ministro das Comunicações de Bolsonaro, e Elon Musk.Créditos: Reprodução/Twitter
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Um dia após comprar o Twitter por 44 bilhões de dólares, o bilionário Elon Musk foi às redes defender a "liberdade de expressão" - assim mesmo, entre aspas - e sinalizou aos usuários descontentes com a aquisição, que foi comemorada só pela ultra-direita mundial, que peçam "censura" aos governos.

"Por 'liberdade de expressão', quero dizer simplesmente aquilo que está de acordo com a lei. Sou contra a censura que vai muito além da lei. Se as pessoas quiserem menos liberdade de expressão, peçam ao governo que aprove leis nesse sentido", tuitou Musk, ressaltando que "ir além da lei é contrário à vontade do povo".

A declaração foi feita em resposta ao que o bilionário considera uma "reação extrema" à compra da rede por "aqueles que temem a liberdade de expressão".

"A reação extrema daqueles que temem a liberdade de expressão diz tudo", escreveu na abertura da sequência de tuites.

 

Falastrão e golpista

Críticos da compra temem que o empresário - que é conhecido por patrocinar golpes em países onde tem interesses financeiros, como na Bolívia -, tenha outras intenções além da financeira na compra da rede.

Musk faz o tipo Donald Trump, ou Jair Bolsonaro, é um falastrão truculento e arrogante que pisa em todos em nome de seus interesses. E foi por isso que ele passou a ser admirado e tornou-se salvador das hostes que admiram políticos de cariz fascista e autoritário mundo afora.

Sob o pretexto demagógico da "liberdade de expressão", ao assumir o Twitter, o bilionário deve passar a ter papel fundamental nas estruturas de poder de nações nos cinco continentes, já que a rede social adquirida por ele tem capacidade para desestabilizar processos democráticos e eleitorais.

Minoria comemorou compra no Brasil

Estudo da Quaest na rede no dia da compra, nesta segunda-feira (25), mostra que 53%, foram classificadas como "neutras" e se caracterizam por um viés informativo, baseadas em notícias jornalísticas e "retweets".

Apenas 6% das citações, vindas da ultra-direita, foram consideradas favoráveis e outras 41% foram críticas à negociata na rede.

Levantamento do DataFórum confirma que a reação positiva partiu exatamente da bolha bolsonarista, que registrou um boom de perfis-robôs recém-criados que começaram a seguir o presidente na rede.