O que era para ser uma justa homenagem se tornou um equívoco histórico. O município de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, cometeu um erro crasso ao batizar uma rua com o nome de Rubens Paiva, cassado, preso, torturado e assassinado pela ditadura militar.
O nome da rua recebeu a inclusão do título de “Marechal” ao nome de Rubens Paiva, que, evidentemente, jamais foi militar. Ele era engenheiro e se tornou político.
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A morte de Paiva, defensor da democracia, foi retratada na premiadíssima produção brasileira “Ainda Estou Aqui”, que rendeu o primeiro Oscar da história do país, na categoria Melhor Filme Internacional.
O acréscimo do título “Marechal” justamente a uma vítima do autoritarismo da ditadura militar despertou a atenção dos moradores da cidade, principalmente depois do sucesso de “Ainda Estou Aqui”. A prefeitura local recebeu pedidos para que a placa da “homenagem” fosse alterada.
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O município, por sua vez, disse que irá avaliar a situação junto ao departamento jurídico. Porém, não divulgou prazo para eventual mudança, de acordo com informações do portal TNOnline.
A solicitação para homenagear Rubens Paiva foi protocolada nos anos de 1990 e moradores garantem que a rua foi batizada com o nome há pelo menos 30 anos.
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