CORRUPÇÃO

Pastor e ex-servidor presos em SC por desviar recursos para pessoas carentes

Segundo as autoridades, eles teriam desviado verbas repassadas pela prefeitura de Florianópolis para dois projetos sociais, utilizando notas fiscais fraudulentas e superfaturamento de serviços

Pastor e ex-servidor presos em SC por desviar recursos para pessoas carentes.Delegado da Polícia Civil de SCCréditos: Divulgação / PCSC
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Nesta terça-feira (3), um pastor e um ex-servidor da prefeitura de Florianópolis foram presos preventivamente em uma operação que investiga desvios de recursos públicos. A ação, chamada de "Pecados Capitais", cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina e no Mato Grosso, além de sequestrar bens e valores que ultrapassam R$ 3 milhões.

Os detidos são o pastor Marcos André Pena Ramos e o ex-secretário-adjunto de Assistência Social, Jeferson Amaral da Silva Melo. As irregularidades investigadas teriam ocorrido entre 2020 e 2022. Segundo as autoridades, eles teriam desviado verbas repassadas pela prefeitura de Florianópolis para dois projetos sociais, utilizando notas fiscais fraudulentas e superfaturamento de serviços.

De acordo com a polícia, o pastor está vinculado às organizações Nurrevi e Aminc. A Nurrevi presta serviços ao projeto Passarela da Cidadania, que atende pessoas em situação de rua, enquanto a Aminc está envolvida com o projeto Restaurante Popular, que fornece alimentação para pessoas carentes.

A Nurrevi Brasil, uma das organizações alvo da operação, declarou em nota que já disponibilizou toda a documentação necessária e está à disposição das autoridades, enquanto a prefeitura de Florianópolis afirmou que a operação investiga fatos ocorridos antes da administração atual.

Além das prisões, a polícia apreendeu cinco veículos e R$ 23 mil em espécie na casa de um dos investigados. Cinco contas bancárias foram bloqueadas até o limite de R$ 3 milhões, e imóveis foram sequestrados.

Segundo a Delegacia Especializada no Combate à Corrupção da Capital (Decor), responsável pela operação, há suspeitas de que agentes públicos, entre 2020 e 2022, interferiram na contratação das entidades investigadas em busca de benefícios pessoais. As investigações também apontam indícios de desvios de recursos públicos por meio de empresas contratadas pelas organizações, que superfaturavam seus serviços para beneficiar os dirigentes das entidades.

A operação contou com a participação de 74 policiais. Os mandados foram cumpridos em Florianópolis, Palhoça, São José, Canelinha, na Grande Florianópolis, e em Rondonópolis (MT), com o apoio da Polícia Civil do Mato Grosso.

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