Mais um crime bárbaro foi registra em Santa Catarina no final da tarde desta sexta-feira (3). Um homem de 41 anos, que estava acompanhado da filha pequena, esfaqueou uma pessoa em situação de rua que vendia paçoca em frente ao Supermercado Giassi, no bairro Victor Konder, em Blumenau.
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Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que o homem usa uma faca para desferir diversos golpes contra o vendedor ambulante. Em seguida, ele sai e vai ao encontro da filha, que estava na calçada.
Segundo o boletim de ocorrência, da Polícia Militar, o crime teria ocorrido após o morador de rua oferecer uma paçoca à criança quando ela entrava com o pai no estabelecimento.
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Ao deixar o supermercado, o homem encontrou novamente o vendedor e começou uma discussão, que terminou com as facadas. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada, mas o morador de rua já estava morto.
O homem, que teve uma lesão na mão ao esfaquear o vendedor, aguardou a chegada da polícia e se entregou. Ele foi levado para atendimento e, em seguida, à delegacia local.
Veja imagens: CENAS FORTES
Ataques à população de rua
O assassinato em Blumenau é apenas parte de um levante contra moradores de rua em Santa Catarina, estado administrado por Jorginho Mello (PL), um dos principais aduladores de Jair Bolsonaro (PL), que venceu com folga as eleições presidenciais no Estado.
Em Itajaí, a PM expulsou cerca de 40 pessoas em situação de rua que viviam sob ameaças das autoridades desde o mês de abril, quando foi imposto um toque de recolher clandestino a partir das 22h.
Neste horário, conforme apurou a Fórum com algumas das vítimas desses ataques e com servidores municipais que fazem o atendimento dessa população, os policiais se dirigiam a qualquer que fosse o local onde estivessem as pessoas em condição de rua e as levavam compulsoriamente até a chamada favela do Matadouro.
Trata-se de um área afastada de qualquer urbanização, aos pés de um morro, atrás do campus universitário da Univali (Universidade do Vale do Itajaí). Lá, elas eram agredidas e, em mais de uma oportunidade, tiveram seus pertences queimados por membros da Guarda Civil Metropolitana da cidade.
No dia 31 de outubro, a imprensa de todo país exibiu os vídeos que mostram cerca de 40 pessoas em situação de rua sendo expulsas da cidade de Itajaí por policiais militares em suas viaturas. Elas foram “escoltadas” pela estrada até deixarem os limites da cidade, sendo deixados na entrada do município vizinho de Balneário Camboriú.