A Assembleia de Deus de Santo André (SP) enfrenta uma grave crise de liderança, que tem mobilizado fiéis em protestos durante os cultos. No último domingo (9), membros da igreja interromperam a celebração com cartazes e gritos exigindo eleições para a escolha de um novo presidente, manifestando insatisfação com a permanência do pastor Leandro no comando da instituição.
O que deveria ser um momento de adoração se transformou em um ato de protesto. Durante os louvores, dezenas de fiéis ergueram cartazes com frases como “Queremos eleição!” e “A igreja não é sua, a igreja é de Jesus!”. O movimento evidenciou a divisão entre os membros da congregação e a liderança atual, reacendendo a disputa pela sucessão pastoral.
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Polícia é acionada, mas protesto continua
Diante da pressão, o pastor Leandro solicitou a presença da Polícia Militar, que compareceu ao templo, mas não interveio. Os agentes acompanharam a movimentação sem impedir o ato, que permaneceu pacífico. A decisão da polícia foi interpretada por alguns fiéis como um respaldo ao direito de manifestação, enquanto outros questionaram a necessidade de envolver forças de segurança em uma questão interna da igreja.
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Disputa judicial e revolta dos fiéis
A crise teve início após a morte do pastor Silas Josué, em dezembro de 2024. A sucessão foi definida com a posse de seu genro, pastor Leandro, uma decisão baseada em uma alteração estatutária realizada um ano antes do falecimento de Silas. No entanto, muitos membros da igreja afirmam que não foram consultados e exigem um processo eleitoral para escolha do novo líder.
Desde janeiro, a situação tem se agravado. Em meio às contestações, o pastor Leandro chegou a fechar a igreja temporariamente, realizando cultos apenas online enquanto buscava respaldo judicial para permanecer na presidência. A ação foi vista por parte da comunidade como uma tentativa de evitar um processo democrático de sucessão.
Mobilização ganha força em outras congregações
A revolta não se limita à sede da Assembleia de Deus de Santo André. Fiéis de diversas congregações da região também se manifestaram pelo direito de votar na escolha do novo presidente. Nas redes sociais, a polêmica gerou centenas de comentários, dividindo opiniões entre aqueles que defendem a legitimidade da atual liderança e os que pedem maior transparência e participação na tomada de decisões.
Enquanto a justiça não define o futuro da presidência, a Assembleia de Deus de Santo André segue vivendo um momento de tensão e incerteza. A expectativa dos fiéis é de que um desfecho seja alcançado de maneira pacífica e transparente, garantindo a unidade da igreja.
