Pablo Marçal, o candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo que tem angariado apoio do eleitorado bolsonarista na capital paulista, foi impedido de subir no trio elétrico do ato organizado pelo pastor Silas Malafaia, que aconteceu no sábado (7) na Avenida Paulista e teve como alvo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Como de praxe, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi a grande atração do ato, que também reuniu figuras como os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG). Durante sua fala, o ex-presidente fez uma série de ataques contra o ministro Alexandre de Moraes, a quem classificou como "ditador".
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Sobre o fato de Pablo Marçal ter sido impedido de subir no trio elétrico, Jair Bolsonaro criticou o candidato à prefeitura de São Paulo e afirmou que ele queria usar a manifestação para fazer "palanque político".
Ao Estadão, Pablo Marçal debochou de Jair Bolsonaro e rebateu o ataque do ex-presidente. "Como fazer palanque se não me deixaram subir no palanque? Eu fui para os braços do povo. Não tive fala nenhuma, só fui o único que foi para os braços do povo", ironizou Marçal.
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Para Bolsonaro, Marçal tentou "fazer palanque" em ato na Paulista
O ex-presidente Jair Bolsonaro demonstrou insatisfação em relação ao candidato do PRTB à prefeitura paulistana, Pablo Marçal, que chegou no final da tarde deste sábado (7) à manifestação realizada na Avenida Paulista.
Em mensagem enviada a aliados e obtida pelo portal Metrópoles e confirmada pelo jornal O Globo, Bolsonaro acusa Marçal de tentar “fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros”. Isso porque o ex-coach reclamou e disse ter sido barrado por seguranças ao tentar subir no carro de som, onde estavam as principais figuras políticas do evento.
No texto da mensagem, Bolsonaro afirma que “os candidatos a prefeito por São Paulo foram convidados” para o ato. “O atual prefeito Ricardo Nunes e Maria Helena compareceram desde o início e tiveram uma conduta exemplar e respeitosa”, afirmou, errando o nome da candidata do Novo à prefeitura de São Paulo, que é Marina Helena.
“O único e lamentável incidente ocorreu após o término do meu discurso (com o evento já encerrado) quando então surgiu o candidato Pablo Marçal que queria subir no carro de som e acenar para o público (fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros), e não foi permitido por questões óbvias”, disse ainda Bolsonaro.
Resposta de Malafaia
A queixa de Marçal gerou forte reação do Pastor Silas Malafaia, principal organizador do ato. "Chegou lá dois ou três minutos depois que o evento tinha acabado. Ele quer subir para quê? Para fazer imagens para a campanha dele, para lacrar e fazer corte? Não sou idiota", rebateu Malafaia, ao jornal O Globo.
Durante os discursos feitos na manifestação, as eleições para a prefeitura de São Paulo foram ignoradas. O atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), apoiado oficialmente por Bolsonaro, não foi anunciado e se posicionou de modo discreto entre aqueles que estavam no principal carro.
O ato bolsonarista foi bem menor em público do que a manifestação convocada pelo mesmo grupo em fevereiro deste ano. Em seu ápice, foram 45,4 mil pessoas presentes, segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP).
No ato realizado também na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro, o público chegou a 185 mil apoiadores do ex-presidente. Os pesquisadores apontam que, neste sábado, o horário de maior pico da manifestação foi às 16h05, quando Bolsonaro discursava em um trio elétrico.