ELEIÇÕES 2024

Para Bolsonaro, Marçal tentou "fazer palanque" em ato na Paulista

Ex-presidente enviou mensagem a aliados se queixando do candidato do PRTB, que chegou no fim da tarde à manifestação e foi impedido de acessar o caminhão de som

Momento da chegada do entorno de Pablo Marçal à manifestação na Avenida PaulistaCréditos: Reprodução/YouTube
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O ex-presidente Jair Bolsonaro demonstrou insatisfação em relação ao candidato do PRTB à prefeitura paulistana, Pablo Marçal, que chegou no final da tarde deste sábado (7) à manifestação realizada na Avenida Paulista.

Em mensagem enviada a aliados e obtida pelo portal Metrópoles e confirmada pelo jornal O Globo, Bolsonaro acusa Marçal de tentar “fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros”. Isso porque o ex-coach reclamou e disse ter sido barrado por seguranças ao tentar subir no carro de som, onde estavam as principais figuras políticas do evento.

No texto da mensagem, Bolsonaro afirma que “os candidatos a prefeito por São Paulo foram convidados” para o ato. “O atual prefeito Ricardo Nunes e Maria Helena compareceram desde o início e tiveram uma conduta exemplar e respeitosa”, afirmou, errando o nome da candidata do Novo à prefeitura de São Paulo, que é Marina Helena.

“O único e lamentável incidente ocorreu após o término do meu discurso (com o evento já encerrado) quando então surgiu o candidato Pablo Marçal que queria subir no carro de som e acenar para o público (fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros), e não foi permitido por questões óbvias”, disse ainda Bolsonaro.

Resposta de Malafaia

A queixa de Marçal gerou forte reação do Pastor Silas Malafaia, principal organizador do ato. "Chegou lá dois ou três minutos depois que o evento tinha acabado. Ele quer subir para quê? Para fazer imagens para a campanha dele, para lacrar e fazer corte? Não sou idiota", rebateu Malafaia, ao jornal O Globo

Durante os discursos feitos na manifestação, as eleições para a prefeitura de São Paulo foram ignoradas. O atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), apoiado oficialmente por Bolsonaro, não foi anunciado e se posicionou de modo discreto entre aqueles que estavam no principal carro.

O ato bolsonarista foi bem menor em público do que a manifestação convocada pelo mesmo grupo em fevereiro deste ano. Em seu ápice, foram 45,4 mil pessoas presentes, segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP).

No ato realizado também na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro, o público chegou a 185 mil apoiadores do ex-presidente. Os pesquisadores apontam que, neste sábado, o horário de maior pico da manifestação foi às 16h05, quando Bolsonaro discursava em um trio elétrico.