O coach Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano, teve um novo inquérito aberto contra si na última quinta-feira (8) pela Polícia Civil de São Paulo. Desta vez é investigado por uma nova denúncia acerca do reality show “La Casa Digital 3”, promovido e idealizado por ele.
De acordo com o participante do programa que fez a denúncia, Marçal teria causado perigo ou riscos para a vida e a saúde dele e dos demais participantes.
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O caso está na 2ª Vara Criminal e do Júri de Itu, no interior de São Paulo, mas o boletim de ocorrência que deu origem ao novo inquérito foi aberto em Serra Negra (SP) pelo ex-participante em maio passado. Luiz Godoy, o participante, afirma ter sido agredido e ofendido, além de ter tido sua vida posta em risco durante as provas.
Godoy prestou um depoimento de cerca de duas horas à polícia em que narrou ter levado socos na barriga, além de ter sido chamado de “bosta”. O objetivo das agressões físicas e verbais seria “desbloquear sua mente”.
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Na prova em questão, os participantes formariam duplas para montar uma jangada com canos de PVC para atravessar um lago que tinha cerca de 50 metros de comprimento, mas águas sujas e até arame farpado instalado.
“Em determinado momento, o mentor chamado Marcos Antônio Fergutis começou a ofendê-lo verbalmente, dizia que o mesmo não tinha futuro, que era um trouxa orgulhoso, um bosta, que entendeu que Antônio estava tentando despertar sua ira para ativar o que eles chamam de desbloqueio mental, mas se manteve calmo. Neste momento, outro mentor, chamado Rafael Francele, atravessou a sala diante de todos os participantes, desferiu um tapa no seu peito, puxando-o para cima, rasgando a camiseta que estava usando, olhou para o câmera e disse para desligar, dizendo que iria mostrar como funcionava, puxando-o para fora e o ofendendo, empurrou-o na parede desferindo dois socos na barriga, segurando seu braço e apertando”, diz trecho da denúncia feita às autoridades.
A nova investigação deve ser anexada à decisão de 2022 que proíbe o coach de realizar atividades em montanhas, picos e outros espaços naturais sem autorização prévia das autoridades, conforme noticiou o portal Metrópoles. A decisão se refere ao episódio em que Marçal levou 32 seguidores para o Pico dos Marins e, durante a expedição, o grupo se perdeu. Foram necessárias buscas em meio a uma tempestade para que fossem encontrados e resgatados.