SÃO PAULO

111 armas: Militar que simulou se matar após explodir apartamento tem alta e volta para casa

Virgilio Parra Dias, bolsonarista e ex-diretor controlador do Círculo Militar de SP, guardava 111 armas de fogo, além de munição e granada. O fogo começou quando um dos artefatos explodiu, gerando explosões em série.

Militar Virgílio Parra Dias guardava um arsenal no apartamento que explodiu em Campinas.Créditos: Facebook / Kaio Parra
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Bolsonarista das 111 armas que estavam em um apartamento em Campinas, olavista e ex-diretor controlador do Círculo Militar de SP, Virgilio Parra Dias recebeu alta médica e vai fazer o tratamento na sua casa, no município de Paulínia (SP). Um documento anexado ao inquérito do caso nesta quinta-feira (14) informou que ele agora se encontra em estado "extremamente debilitado física e psicologicamente"

A defesa do coronel reformado se apressou para apresentar um documento e argumentar que o estado de saúde dele “deteriorou-se após o incêndio em seu apartamento em Campinas (SP)”, no dia 7 de março. O texto diz que o militar está “à disposição dos chamados das autoridades competentes e do Juízo a qualquer tempo para esclarecimento dos fatos”.

Relembre o caso

Parra Dias estava fora do apartamento quando houve a explosão no apartamento em Campinas, no dia 24 de fevereiro. No local, o militar da reserva guardava 111 armas de fogo, além de uma quantidade incontável de munição e granada. O fogo começou quando um dos artefatos explodiu, gerando explosões em série.

Na época, ao menos 34 pessoas que inalaram fumaça precisaram de atendimento médico e foram encaminhadas para o Hospital Casa de Saúde e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São José — nenhuma ficou em estado grave.

Ele voltou ao local e mentiu aos bombeiros ao ser indagado sobre o que havia no apartamento. "Acabou de estourar uma granada na cara do meu bombeiro lá. Se o senhor não falar o que tem lá...", disse o chefe da corporação, que teve que usar escudo antibala para entrar no local e resgatar moradores por rapel.

"Pode ser pólvora confinada em contêiner", mentiu o militar, antes de deixar o local sem ser importunado. Segundo a Polícia Militar, ele se abrigou na casa de outro coronel do Exército, enquanto era procurado para dar explicações. Na madrugada do dia 27, Parra Dias foi encontrado por um colega em uma praça no Jardim Chapadão, também em Campinas. 

Ele teria provocado um ferimento no pescoço usando um canivete e foi levado ao Pronto Socorro do Hospital Santa Tereza e, em seguida, internado no Hospital Municipal Doutor Mário Gatti.

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