Na tentativa de mobilizar mais vítimas de um ex-padre acusado de abusar sexualmente de crianças, o Instituto Mila Brasil afixou vários cartazes em locais onde ele atuou na região metropolitana de Belo Horizonte. Embora ele esteja preso, é essencial que mais denunciantes se apresentem.
A campanha busca encorajar as vítimas a denunciarem e evitar que um pedófilo, acusado por várias mulheres de abuso sexual, permaneça impune devido à prescrição dos crimes. Os cartazes estão espalhados pela capital e áreas metropolitanas para encontrar vítimas que ainda não denunciaram.
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Bernardino Batista dos Santos, de 77 anos, foi preso no dia 23 de outubro em Juatuba. A prisão está relacionada a um caso envolvendo uma vítima que, na época do crime, tinha três anos e atualmente tem onze. De acordo com a polícia civil, o crime ocorreu em 2016.
Diversas outras denúncias chegaram à polícia civil, mas as vítimas são tratadas como testemunhas no processo, pois os crimes ocorreram há mais de vinte anos. A ação visa localizar vítimas a partir de 2012, pois casos anteriores a essa data já prescreveram. As vítimas desses casos prescritos estão sendo incluídas como testemunhas no processo.
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O instituto começou a colar os cartazes no bairro Paraíso, em Belo Horizonte, onde se concentra a maioria das vítimas de Bernardino. Em seguida, a campanha seguirá para Contagem, onde ele trabalhou pela última vez, e depois para Juatuba, onde foi preso.
Segundo a Polícia Civil, o ex-padre é suspeito de abusar de crianças desde a década de 1980. As vítimas tinham entre três e onze anos de idade. Apenas em agosto deste ano, uma das vítimas procurou a polícia em Belo Horizonte e fez a denúncia.
Relembre o Caso
Bernardino Batista dos Santos pode ter abusado de mais de 50 crianças de idades entre 3 e 11 anos desde os anos 1980. A Polícia Civil informou que as investigações indicam mais de 50 vítimas do ex-padre. Cerca de 10 já foram ouvidas, mas as autoridades pedem que outras possíveis vítimas compareçam a uma delegacia para denunciar, mesmo que os crimes já tenham prescrito.
"É necessário que essas outras vítimas procurem uma delegacia de polícia para noticiar esse crime, porque quanto mais vítimas conseguirmos localizar, maior será a pena e mais próximo da justiça estaremos", afirmou Ana Paula Gontijo, da Delegacia Regional de Juatuba.