Na noite deste domingo (13), o presidente da Enel, Guilherme Alencastre, participou de uma reunião com a Aneel e os representantes das empresas responsáveis pelo fornecimento de energia em todo o estado de São Paulo.
Durante o encontro, Alencastre foi pressionado a fornecer um prazo concreto para o restabelecimento da energia em São Paulo. No entanto, sua resposta surpreendeu os presentes e gerou uma onda de críticas.
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"Temos um plano de contingência que foi acionado. Embora o evento climático tenha ultrapassado as previsões, isso nos servirá como aprendizado para evoluirmos e aprimorarmos nossas futuras previsões", afirmou o presidente da Enel.
Enel descumpre plano emergencial de 2023
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, criticou a Enel por não ter cumprido o plano de contingência para eventos climáticos extremos, apresentado após o apagão ocorrido em São Paulo em 2023. Segundo Feitosa declarou ao G1, a empresa mobilizou menos funcionários do que o previsto para lidar com a tempestade que afetou a capital paulista.
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Essa avaliação foi feita após uma reunião realizada na noite deste domingo (13), que contou com a presença de representantes da Enel e de outras oito concessionárias que atuam no fornecimento de energia em São Paulo e na Região Metropolitana.
Estiveram presentes no encontro representantes das empresas Enel São Paulo, Neoenergia Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste, CPFL Piratininga, CPFL Paulista, CPFL Santa Cruz, CTEEP e Eletrobrás Furnas.
De acordo com Sandoval Feitosa, a atuação da Enel ficou aquém das expectativas. "A nossa percepção sobre a recuperação do serviço é que a Enel não atendeu às expectativas quando comparada ao ano passado. Embora seja necessário detalhar melhor esses números, temos uma grande quantidade de consumidores sem energia devido ao evento climático. Além disso, há consumidores que ficam sem serviço por questões relacionadas à rotina diária de distribuição", explicou o diretor da Aneel.
Após o apagão de 3 de novembro de 2023, a Enel se comprometeu com um plano que previa a mobilização de 2.500 agentes para responder a eventos climáticos extremos. No entanto, até o fim da tarde deste domingo (13), apenas 1.700 funcionários estavam atuando em campo, abaixo do contingente prometido.
O diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Thiago Nunes, também demonstrou preocupação com o desempenho da Enel.
"Durante o evento de 3 de novembro, foram necessárias 24 horas para restabelecer o fornecimento para 60% dos consumidores afetados. Desta vez, levamos 48 horas para atingir esse mesmo patamar. Esses números são motivo de grande preocupação", comparou Nunes, ressaltando a gravidade da situação.
Com informações do G1.