A ex-jogadora de vôlei bolsonarista, Sandra Mathias Correia de Sá, afirmou em seu depoimento nesta segunda-feira (17), à polícia na 15ª DP (Gávea), no Rio de Janeiro, que foi vítima de homofobia por parte dos entregadores Max Angelo e Viviane Maria Teixeira.
Ela também negou as acusações de racismo e disse que usou a guia da coleira para "se defender" do entregador Max, a quem aplicou golpes semelhantes a chicotadas.
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Logo após o depoimento, Sandra Mathias seguiu com o seu advogado para o Instituto Médico-Legal (IML), onde fez exame de corpo de delito. Ela chegou ao local por volta das 17h e foi embora 20 minutos depois.
Ela afirmou em seu depoimento que conhecia Max e Viviane de vista, junto a outros entregadores. De acordo com ela, a briga começou após Max passar perto dela com a bicicleta, o que entendeu como "desrespeito".
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Ela contou que reclamou com Max dizendo: "Poxa, cara, tem necessidade de você passar do meu lado assim? Eu vou te denunciar", e que Max respondeu: "Não f*de! Não enche o saco!";
Disse ainda que foi à loja de entrega e pediu um telefone para denunciar o entregador e que ligou, mas ninguém retornou.
Homofobia
De acordo com ela, Max a filmava e dizia "palavras homofóbicas e provocativas", e que ela disse: "Você é homofóbico", mas não prestou queixa.
Ela negou ainda que tenha feito ofensas racistas ou preconceituosas, que só lembra de ter xingado ele de "filho da p*ta" e o mandado "se f*der", e que as agressões verbais foram recíprocas.
Racismo
Segundo o trabalhador, Sandra teria proferido a ele e outros trabalhadores palavras de baixo calão e feito ofensas racistas. "Você não está na favela. Você está aqui. Quem paga o IPTU aqui sou eu", disse a mulher.
Nas imagens, feitas no domingo de Páscoa, Sandra e Viviane discutem:
Sandra: Eu fiz o que para você, rapaz?
Viviane: Rapaz, não, sou mulher!
Sandra: Ah, é mulher? Não está parecendo!
Com informações do g1