Leonardo dos Santos Ávilla agora é ex-professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Ele foi demitido, após ser investigado pela polícia após denúncias de ter cometido assédio sexual e moral contra estudantes e outros profissionais.
O caso já foi tema de uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, em dezembro de 2021. O reitor da instituição, José da Costa Filho, teve acesso às provas e relatos que comprovam a acusação e decidiu pela demissão, obedecendo à nova norma implantada pelo presidente Lula que prevê que o crime de assédio sexual em serviços públicos é punido através do desligamento do funcionário. A demissão foi informada no Diário Oficial da Unirio na última quarta-feira (4).
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O Diretório Acadêmico Chico Mendes, do curso de biologia da Unirio, já havia realizado uma denúncia sobre o professor ao Instituto de Biociências (Ibio), que passou pela Reitoria da universidade e, em seguida, à Comissão de Ética da instituição.
"[Foram consideradas] a natureza e a gravidade das transgressões praticadas, os danos decorrentes para o serviço público, bem como as circunstâncias", diz a publicação da instituição.
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Não se sabe o número exato de vítimas, no entanto são estimadas pelo menos 30 alunas. O Conselho Regional de Biologia entrou em contato com a direção da universidade e passou a colaborar com o processo de apuração.
Leonardo Ávilla era professor de paleontologia e zoologia. Além disso, atuava como responsável do Laboratório de Mastozoologia, onde realizava pesquisas sobre mamíferos extintos. Através da matéria do Fantástico, diversas alunas alegaram que sentiam-se oprimidas uma vez que o docente as ameaçaria com corte de bolsa de estudos dado seu poder institucional.
“Eu não podia me dar ao luxo de simplesmente dizer para ele que não, porque eu tinha medo de ele me mandar embora do laboratório. Como é que eu ia fazer?”, contou uma vítima, que dormiu com Ávilla.
Na época da reportagem, a defesa de Ávilla afirmou que o professor nunca possuiu comportamento ou atitudes condizentes às denúncias, uma vez que "nunca utilizou a posição dele para obter vantagem sexual contra qualquer tipo de aluno".