A Universidade São Camilo resolveu não expulsar os alunos do curso de Medicina que apareceram com a bunda de fora em vídeos nas redes sociais para provocar alunos da Unisa durante um campeonato universitário em abril deste ano.
Como resposta, os estudantes da universidade adversária simularam um "punhetaço", que viralizou nas redes e expôs a prática generalizada de provocações de cunho sexual em eventos dos cursos de medicina.
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Segundo a São Camilo, "seria injusto" punir apenas os alunos que aparecem nos vídeos que tomaram a internet.
“Seria injusto da nossa parte expulsarmos apenas alguns e deixarmos outros que poderiam ter participado dessas ações, mas não apareceram nas imagens divulgadas. Não queremos ser precipitados a partir de julgamentos feitos no calor dos acontecimentos, e que muitas vezes levam a erros irreversíveis”, divulgou a universidade nesta sexta-feira (22).
A universidade, no entanto, decidiu suspender por tempo indeterminado a participação de alunos do curso de medicina da instituição em jogos universitários.
A universidade afirma que "decidiu evitar a adoção de medidas extremas, que poderiam causar injustiças, em acordo com o que nos rege como instituição educacional".
MEC
Na última semana, o Ministério da Educação notificou a Universidade Santo Amaro (Unisa) e cobrou explicações do Centro Universitário São Camilo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) a respeito dos atos obscenos cometidos por alunos das instituições em jogos universitários.
O MEC quer saber quais medidas foram tomadas pelas faculdades para investigar e punir condutas praticadas em trotes, jogos e demais eventos acadêmicos.
Cantos preconceituosos
Conforme reportagem publicada nesta Fórum, também durante o Intermed, só que desta vez no Espírito Santo, em 2022, alunos da UNIG (Universidade Iguaçu) foram filmados cantando para a equipe adversária: "Ei, eu sou playboy, não tenho culpa se seu pai é motoboy". Além deste canto, os estudantes também gritavam: “meu dinheiro não acaba”, em provocação aos adversários.
A UNIG informou em nota ao BHAZ que “não tem ingerência sobre cânticos ou gritos de guerra entoados pelos alunos, principalmente em ambiente externo”.