Para além das vítimas, marcas e sequelas do rompimento das barragens em 2019, a cidade de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, testemunhou um novo crime hediondo nesta semana, do qual o pequeno Enzo Gabriel, de apenas 11 meses, teve sua vida encerrada.
O principal suspeito é um primo seu, de 28 anos, que foi preso na madrugada desta quarta-feira (24) na cidade, suspeito pela morte a tiros de Enzo, além de ferir outros quatro familiares na noite da última terça (23). Três dos parentes feridos são adolescentes. O homem teria confessado o crime aos policiais que foram à sua casa e preso em flagrante logo em seguida.
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Segundo depoimento do autor dos disparos, ele teria reagido por vingança contra os parentes que queriam interná-lo em uma clínica para viciados em drogas. De acordo com as testemunhas, o acusado chegou ao local pilotando uma moto e atirando contra os parentes que estavam na entrada da residência.
Entre as vitimas está o bebê Enzo Gabriel de apenas 11 meses, que chegou a ser socorrido mas não resistiu aos ferimentos. Além dele Tauana, de 15 anos foi baleada no tórax, próxima do portão de entrada da casa; Michel e Danielle, ambos de 14 anos, tentaram fugir mas foram perseguidos – o garoto foi atingido de raspão na cabeça e a moça por três vezes no abdômen; além de João, de 21 anos, que chegava em casa de carro no momento em que o suspeito se preparava para ir embora. Foram feitos dois disparos no para-brisa do carro e um deles acertou João no abdômen. Nenhum dos quatro corre riscos.
Segundo reportagem do Uol, dias antes o homem já teria ido à casa dos parentes, onde fez ameaças e logo em seguida disparou quatro tiros para o alto, o suficiente para chamar a atenção da vizinhança. Dias depois, mesmo após ter fugido da cena do crime, não foi difícil para a Polícia Civil encontrar o endereço do homem. Ao capturá-lo a polícia apreendeu em sua casa uma pistola e 15 balas das quais o suspeito afirmou ter pago cerca de R$ 8 mil em Belo Horizonte um ano antes.
O suspeito foi preso em flagrante e aguardará as investigações e o julgamento no sistema penitenciário. As polícias não informaram à imprensa os nomes e nem o contato da defesa do acusado.