A cidade de Angra dos Reis registrou entre sexta-feira (1º) e sábado (2) a maior chuva de sua história, segundo a Defesa Civil. Angra e Paraty estão entre as cidades que foram bastante castigadas pelo temporal que atingiu o estado do Rio de Janeiro. Estão sendo feitos resgates em busca de desaparecidos. Até o momentos, 8 pessoas morreram nas duas cidades, sendo 7 crianças.
Segundo a Defesa Civil, Angra dos Reis atingiu o volume equivalente a 655 mm de chuvas no continente e 592 mm na Ilha Grande, índices jamais registrados anteriormente no município. Todas as 28 sirenes do sistema de alerta soaram durante a madrugada, para alertar moradores sobre a possibilidade de deslizamentos e alagamentos.
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A Prefeitura informou que 49 pessoas precisaram deixar suas casas e estão abrigadas em escolas municipais. Há 9 pessoas desaparecidas e 2 mortos, um de uma menina de 4 anos e outros de um adolescente de 11. Os jovens foram resgatados sem vida após um deslizamento no bairro Monsuaba, o mais atingido pelas chuvas. A cidade está em estágio de alerta máximo.
A Defesa Civil mandou evacuar 70 bairros do município, rodovias estão interditadas e boa parte da cidade está com o fornecimento de energia elétrica interrompido.
Paraty também foi atingida
Na cidade vizinha Paraty a situação é parecida. Na sexta-feira (1), um desabamento em decorrência da chuva destruiu a sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na estrada Rio-Santos, na BR-101. A via foi interditada. Neste sábado (2), ao menos 6 pessoas morreram após deslizamentos, sendo cinco crianças, de acordo com a prefeitura. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros buscam por desaparecidos.
No total, 22 bairros foram atingidos por alagamentos e outras ocorrências ligadas às chuvas. São 71 famílias desalojadas até o momento.
Segundo o advogado Fernando Augusto, do Grupo Prerrogativas, várias casas foram soterradas em Paraty e a cidade está sem energia elétrica há 3 dias.
"Em Paraty a situação está muito grave. Em dois lugares de acesso só pelo mar, que é Ponta Negra e a Praia do Sono, houve desabamento, pessoas soterradas. O prefeito está pedindo ajuda de pessoas que têm barco na região para conseguir ajudar. Paraty virou um problema como Petrópolis e com o agravante de ter lugares caiçara em que o acesso se faz exclusivamente pelo mar, que tem ondas neste momento de 4 a 5 metros", disse o advogado em relato obtido pela Fórum.
As chuvas impactaram fortemente também municípios da Baixada Fluminense, como Nova Iguaçu e Mesquita.