MARANHÃO

Irmão do prefeito de São Luís é preso em investigação sobre carro abandonado com R$ 1 milhão

Suspeito de envolvimento no caso, o apartamento do médico foi alvo de um mandado de busca e apreensão em que a Polícia Civil apreendeu documentos e celulares

Renault Clio vermelho encontrado com R$ 1 milhão em São Luís.Créditos: Divulgação/PMMA
Escrito en BRASIL el

Antônio Braide, médico e irmão de Eduardo Braide (PSD), o prefeito de São Luís do Maranhão, foi preso nesta terça-feira (20) durante uma operação de busca e apreensão da qual era alvo por posse de um carregador de pistola. Ele é investigado pela Polícia Civil por possível envolvimento no caso do carro encontrado abandonado com R$ 1 milhão em dinheiro vivo semanas atrás.

Agentes da Seic (Superintendência de Investigações Criminais) cumpriram mandado de busca e apreensão no apartamento de Antônio Braide e apreenderam documentos e celulares. Investigado, ele não seria preso. Mas, durante as buscas, foi achado um carregador de pistola supostamente ilegal ou irregular, o que fez com que Braide fosse detido pela posse.

Uma vez preso, foi levado à sede da Seic para prestar depoimento. Ele segue preso e pode ser solto a qualquer momento mediante pagamento de fiança.

O médico não se manifestou por meio da sua defesa à imprensa. Já Eduardo Braide, o prefeito, emitiu nota em que pede imparcialidade e celeridade nas investigações. “Se houver qualquer irregularidade, que os culpados sejam punidos com o rigor da lei”, escreveu.

O carro com R$ 1 milhão

O Renault Clio vermelho com R$ 1 milhão em dinheiro vivo foi encontrado abandonado no último dia 30 de julho no bairro Renascença, em São Luís (MA). Moradores chamaram a polícia ao desconfiarem do carro abandonado havia cerca de 15 dias.

No mesmo dia, Carlos Augusto Diniz da Costa, um ex-funcionário da prefeitura, disse ser o dono do veículo. Mas era Guilherme Ferreira Teixeira, um ex-assessor do deputado estadual Fernando Braide (PSC), quem o dirigia. Teixeira teria abandonado o veículo e conseguido carona com um Fiat preto para ir embora do local.

O Fiat preto, por sua vez, está no nome da mãe do prefeito Eduardo Braide, falecida em 2010. Em 7 de agosto, o prefeito gravou um vídeo em que lamentou ver o nome da mãe envolvido na trama e revelou que o veículo era usado pelo seu irmão. Foi aí que Antônio Braide entrou no radar das investigações.

Em depoimento à polícia, Teixeira e Costa ficaram em silêncio. Agora, a investigação tenta descobrir a origem do dinheiro.