O Ministério Público da Paraíba (MPPB) iniciou uma investigação contra o influenciador digital Hytalo Santos, de 26 anos, por suspeita de exploração da imagem de menores de idade. Santos, que possui 17 milhões de seguidores no Instagram e 7 milhões no YouTube, aparece frequentemente em vídeos ao lado de adolescentes, muitos deles com menos de 18 anos, aos quais ele se refere como "Turma do Hytalo" ou "filhos".
Os vídeos mais polêmicos do influenciador mostram os adolescentes usando roupas curtas, dançando músicas com teor sexual e respondendo a perguntas constrangedoras, como "já pulou a cerca?" e "já pegou mais de quatro na balada?". Em outro conteúdo, ele aparece dançando funk com menores vestidos com uniformes escolares, ao som de músicas com letras explícitas.
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A investigação começou em novembro de 2024, com frentes em João Pessoa e Bayeux, após denúncias do Conselho Tutelar e de fontes anônimas. As apurações estão sendo conduzidas em sigilo e acompanhadas por promotores da Infância e Juventude.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é proibida a exploração de imagens que exponham crianças a situações vexatórias ou que violem sua dignidade, com penas previstas de seis meses a dois anos de detenção. Se for constatada alguma infração, Hytalo Santos poderá ser denunciado judicialmente ou convocado a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
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Além das controvérsias nas redes sociais, Hytalo é conhecido por suas doações generosas, como a construção de uma igreja entregue à pastora Renálida Carvalho, outra influente figura digital, conhecida como a "pastora do pix". Ele também distribui celulares, carros e dinheiro aos jovens que aparecem em seus vídeos, o que tem aumentado sua popularidade.
Em nota, o advogado de Hytalo negou as acusações e afirmou que os conteúdos seguem as normas legais e as diretrizes das plataformas digitais. O caso segue em apuração, com análise de possíveis violações aos direitos das crianças e adolescentes.