Uma cena inusitada foi registrada no Distrito Federal. Um sargento da Polícia Militar (PM-DF), identificado como Sérgio Prado, não se intimidou e enquadrou um capitão da mesma corporação, chamado Sérgio Pimentel.
Além disso, o praça ainda deu voz de prisão ao oficial e o encaminhou à Corregedoria.
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A atitude do sargento ocorreu depois que o oficial, supostamente, tentou ameaçar um agente e dar uma carteirada nos policiais que faziam patrulhamento em frente à loja da família do capitão, na Cidade do Automóvel. O caso está sendo investigado internamente, de acordo com informações da coluna Na Mira, no Metrópoles.
As imagens foram gravadas e mostram o sargento, indignado, pedindo para o capitão apresentar a identidade funcional. Pimentel não estaria de posse do documento e teria apresentado somente a carteira de habilitação digital.
“CNH?”, questionou Prado. “Olha, se você for policial, era para ter vergonha. Sério mesmo. Eu teria vergonha de dizer que é policial, ameaçar outro policial, não ter a identidade funcional; sendo que é obrigado a andar com a funcional”, acrescentou o sargento.
No vídeo, não é possível observar a resposta do capitão. Porém, em depoimento à Corregedoria, ele afirmou que não estaria com a funcional por não estar armado naquele momento.
Além disso, o capitão solicitou medidas protetivas, alegando estar se sentindo intimidado e perseguido pelo sargento. Ele ainda declarou temer por sua esposa.
Em contrapartida, também em depoimento, o sargento afirmou que Pimentel encarava e gesticulava para os policiais, enquanto eles faziam o patrulhamento no local. Prado disse, também, que deu voz de prisão ao capitão depois que o oficial ameaçou um dos soldados.
Os depoimentos dos outros militares vão na mesma direção e destacam, ainda, que o oficial não tinha se identificado como capitão, somente como policial.
O que diz a PM-DF
O caso está sendo investigado pela Corregedoria da PM-DF. A corporação divulgou uma nota em que informou que abordou um cidadão que se identificou como policial militar, mas não apresentou de imediato documento funcional.
“Diante da situação, o oficial CPU [Comando de Policiamento Urbano] foi acionado e todas as partes foram conduzidas à Corregedoria da PM-DF para registro e esclarecimento, conforme previsto em protocolo da corporação”, apontou a nota.
“A PMDF reitera o compromisso com a transparência, a legalidade e o respeito a todos os seus integrantes, assegurando que os procedimentos seguirão os trâmites institucionais adequados”, acrescentou.
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