Mal foi eleito, Marcelo Teixeira, novo presidente do Santos, foi visitar Neymar pai. Vem aí um novo patrocínio? Um empréstimo gigantesco? Ações de marketing? Uma SAF? Não se sabe. O que se viu foi que dias depois, Neymar Jr pediu que o Santos aposentasse a camisa onze, que ele vestiu muito bem, até que um dia ele voltasse a usá-la. A volta não tem data marcada. A aposentadoria seria para já. Em seguida, Neymar colocou no Twiitter uma foto sua, de costas, com o número onze à vista e as palavras "Santos, sempre Santos".
O pedido é estapafúrdio. Primeiramente, por se colocar ao lado de Pelé. Aposentar a camisa 10 é algo imperativo, necessário ou inútil. Mas seria uma atitude compreendida no mundo todo e aplaudida no mundo todo. Seria - desnecessário dizer - uma homenagem ao maior jogador do futebol de todos os tempos. E algo retroativo: antes de Pelé não existia significado nenhum especial na conexão camisa de futebol e número 10. Depois, foi o que se viu. O "dez" virou sinônimo de excelência, de qualidade extrema. Fulano é o Dez da Engenharia, do Marketing, do Pedestrianismo, da Cozinha, da Aviação etc e tal.
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E, se tentar colocar-se ao lado de Pelé, é um ato de arrogância é um desvario, pedir a aposentadoria da camisa onze é fruto de avaliação futebolística errada. Sim, há uma fila antes de Neymar. Uma fila de craques que honraram a camisa 11. Pepe, o Canhão da Vila, Edu, um driblador incomparável, João Paulo, o Papinha da Vila....
Sim, em termos mundiais, não têm uma carreira comparável à de Neymar, que foi ídolo no Barcelona, mas, em relação ao Santos, não são menos que Neymar. Quem fez 405 gols foi o Canhão da Vila e não o menino Ney.
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E quando seria a volta?
Para o Santos, seria ótimo para amanhã.
Para Neymar, seria ótimo para ontem.
Com o dinheiro que ganhou - com todo o mérito - os netos de David Lucca terão uma vida tranquila e sem nenhuma preocupação, como nós todos, com a restituição do Imposto de Renda, Neymar poderia voltar à busca do mérito e da alegria esportiva. Voltar a ser alguém amado a cada jogo. Com o onze, claro.