Apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e fã de Donald Trump, Carlinhos Schiessl (MDB), prefeito de Bela Vista do Toldo, no Norte de Santa Catarina, tentou dar uma carteirada em um policial militar que determinou a apreensão do carro de um amigo do mandatário, que dirigia sem cinto, com documentação vencida e se recusou a fazer teste do bafômetro, apresentando claros sinais de embriagues.
O caso aconteceu no domingo (2) quando o PM parou um homem que dirigia sem cinto. Durante a abordagem, o policial determinou que que o veículo, que estava com documento vencido, fosse guinchado porque o motorista estava visivelmente alcoolizado.
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O homem, então, teria dito que o prefeito era seu "padrinho" e Schiessl apareceu no local, determinando que o carro não fosse apreendido.
“Eu vou lutar para te tirar daqui de Bela Vista. O prefeito aqui sou eu. Vou mostrar quem manda nessa cidade. Eu sou o teu chefe", surtou o bolsonarista com o PM, que é subordinado à Secretaria de Segurança Pública, um órgão estadual.
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Em nota, a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) e a Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc) defenderam a abordagem do policial, que se manteve dentro da legalidade, sem ceder à intimidação do prefeito.
“A abordagem e a condução de todo o procedimento foram realizadas em conformidade com a legislação vigente, além de estar de acordo com os manuais operacionais da corporação”, declarou a PM.
“Durante uma abordagem legítima, o prefeito tentou usar de sua posição para ameaçar o policial, insinuando que poderia removê-lo da cidade e desafiando sua autoridade. O policial, no entanto, agiu de forma exemplar, honrou a farda, mantendo a postura profissional e aplicando a lei com imparcialidade, sem se curvar a pressões políticas”, emendou a associação.
A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar possíveis crimes de ameaça, abuso de autoridade e concussão (corrupção passiva) por parte do prefeito.
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