A apresentadora Adriane Galisteu lamenta o apagamento constante da história que ela viveu com o piloto Ayrton Senna. E parece que, finalmente, ela está disposta a contar o seu lado da história que viveu com o piloto.
"A gente tem a obrigação de manter esse cara vivo. Todo mundo conhecia o piloto, o gênio, o dedicado, mas aqui a gente sabia como ele era fora das pistas. Senna era engraçado, simples. Ele era melhor ainda fora das pistas. Era também ciumento, ariano, briguento…", disse ela no quinto episódio da série documental "Barras invisíveis".
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"Sofro um apagamento não é de agora. É da vida inteira. Mas eles não vão conseguir me apagar. Podem contar uma história muito diferente da que eu vivi, mas eu estou viva para contar a minha versão. Quem viveu com o Senna 24h, dormiu, acordou, se divertiu, chorou, fomos eu e ele. Podem fazer o que quiser. Vou continuar sendo indigesta (ao falar) e está tudo bem", disse ainda.
Metódico e sério
Segundo Galisteu, há uma razão bem clara para o fato dela não ser aceita pela família do piloto até hoje:
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"A família só sabia lidar com o Ayrton focado, metódico, sério, que só usava a roupa do patrocinador, com a mãe que fazia a mala dele. Nesse um ano e meio que ficamos juntos, vimos a família dele três vezes. Nos reencontros, Ayrton estava com cabelo grande, barba por fazer... No auge da minha maturidade hoje, sei o quanto isso mexeu com eles. Porque eles conheciam um Senna de um jeito, e ao me conhecer, ele ficou de outro", lembrou ela.
E falou até sobre uma briga que teve com Viviane Senna:
"A gente estava em Angra dos Reis, eu comentei com o Ayrton que os sobrinhos tinham entupido a privada, porque estavam aprontando. E ele discutiu com as crianças. A irmã dele me disse com todas as letras: 'Ele é um tricampeão mundial, não é homem para resolver problemas normais'. O Senna amou esse momento de poder exercer o papel de tio, de fazer algo comum. Ele falou isso para mim".