O humorista Marcelo Alves afirmou em depoimento à delegada Aline Manzatto que, na segunda-feira, dia do crime, almoçou com miss Raissa Suellen Ferreira da Silva. Na ocasião, logo após o almoço os dois foram à casa dela. Lá, ele se declarou a ela, mas não foi correspondido e disse ter sido xingado por ela.
Marcelo, então, a estrangulou, usando uma abraçadeira plástica.
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"Ele disse que ficou com ódio e descontrolado, que pegou o fio de plástico e estrangulou a vítima, deixando ela num cômodo da casa e indo para outro. Dez minutos depois, ele retorna e a Raissa já está em óbito", contou a delegada.
Marcelo enrolou o corpo de Raissa em uma lona, amarrado com fita adesiva. Disse ainda ter chamado o filho, que ficou desesperado e tentou convencê-lo a se entregar às autoridades.
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Ele colocou o corpo da jovem no porta-malas de um carro emprestado de um amigo e, com a ajuda do filho, enterrou a vítima em uma área de mata no município de Araucária. Depois de confessar o crime, ele levou a polícia onde o corpo estava.
Amigos não entendem
Amigos e familiares estão atônitos e não conseguem entender a morte de Raissa.
"Ninguém entende por que ele fez isso. Ele tirou uma vida tão preciosa para a gente. A família está sofrendo muito com isso. Tudo o que a gente quer é justiça", desabafou ao G1 Vitória, amiga da vítima.
A Justiça determinou na última quarta-feira (11), que ele continue detido preventivamente. O filho de Marcelo, Dhony de Assis, que ajudou o pai a esconder o corpo de Raissa, chegou a ser preso por ocultação de cadáver, mas pagou fiança e foi liberado.
O que diz a defesa de Marcelo e Dhony
Segundo o advogado Caio Percival, que representa Marcelo e Dhony, não houve premeditação do crime. Marcelo, de acordo com a defesa, matou Raissa por "violenta emoção", que ele lamenta o caso e colabora com a Justiça.
"Marcelo é réu primário, tem bons antecedentes, nunca pisou numa delegacia de polícia e infelizmente foi arrastado pelas barras da paixão a essa situação que foge, evidentemente, do normal. Nós temos uma causa de diminuição de pena que é a própria confissão e uma segunda causa de diminuição de pena que é o domínio de violenta emoção logo após injusta provocação da vítima, já que, em dado momento, houve uma discussão entre eles", afirmou.
Sobre Dhony, filho de Marcelo, o advogado afirmou:
"Movido por um apelo de natureza puramente paterna e afetiva, Dhony, ao atender ao chamado de seu pai, sentiu-se moralmente coagido a assumir a condução do veículo envolvido nos fatos ora apurados. Trata-se de uma atitude tomada sob forte pressão emocional, em um momento de extremo abalo e tragédia familiar", disse.
Com informações do G1