Agentes da Polícia Militar do Paraná que foram atender a uma ocorrência de som alto em um bar no Jardim São Jorge, em Londrina, acabaram agredindo Reginaldo da Silva, morador do local há 23 anos.
Segundo relatos de testemunhas, ele chegou a ficar desacordado por mais de uma hora. A confusão teria começado porque, de acordo com um dos agentes, ele foi acusado de “olhar com maldade” para os policias.
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“Um dos policiais me perguntou se tinha algum problema, ‘porque você está com a cara feia?’ Respondi para ele que não, para continuar fazendo o serviço dele, mas ele se aproximou pediu para eu pôr a mão na cabeça, me levou pra dentro do estabelecimento e me aplicou um mata-leão, deixando desacordado no chão por mais de uma hora”, disse Reginaldo ao Portal Verdade.
Preso mesmo desacordado
Testemunhas disseram que mesmo após estar desacordado, os policiais tentaram levar Reginaldo para a viatura.
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“De tanto a população pedir, chamaram SAMU [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] e me levaram à UPA [Unidade de Pronto Atendimento] do Jardim do Sol”, afirmou Reginaldo, que trabalha como motorista.
“Falaram que iam colocar contra mim desacato e reação à prisão, mas os vídeos provam que não reagi em nenhum momento”, disse.
A Fórum entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e pediu posicionamento. A Policia Militar do estado encaminhou uma nota. Leia a íntegra:
“A Polícia Militar do Paraná (PMPR) informa que, na madrugada de sábado (5), atendeu a uma ocorrência de perturbação do sossego em um estabelecimento comercial no bairro Cinco Conjuntos, em Londrina. Durante a ação, um dos frequentadores do local recusou-se a cumprir a ordem de abordagem e recebeu voz de prisão por desobediência. No entanto, ele resistiu à prisão, o que exigiu o uso progressivo da força por parte dos policiais militares. Após ser contido, o homem precisou de atendimento médico e foi encaminhado à UPA pelo SIATE. Em seguida, foi lavrado em seu desfavor um Termo Circunstanciado de Infração Penal (TCIP) pelos crimes de desobediência e resistência.
A PMPR ressalta ainda que, até o momento, não foi registrada nenhuma denúncia formal sobre o caso. Caso a denúncia seja apresentada, caberá ao Comandante da Unidade avaliar a necessidade de abertura de um procedimento administrativo para apurar o caso”.
Veja o vídeo abaixo com relato do deputado estadual Renato Freitas (PT):