A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta terça-feira (1º) a prisão preventiva de Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele fugiu para a Argentina após se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O procurador-geral da República Paulo Gonet, no pedido que será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, aponta que Léo Índio violou as medidas cautelares que deveria cumprir para poder responder ao processo em liberdade.
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“Ao se evadir para a Argentina, Leonardo Rodrigues de Jesus deliberadamente descumpriu medida cautelar alternativa à prisão, a evidenciar sua insuficiência, o descaso com a aplicação da lei penal e desrespeito às decisões emanadas pelo Supremo Tribunal Federal”, apontou o procurador.
Envolvimento no 8 de janeiro
Em 28 de fevereiro, por unanimidade, a 1ª Turma do STF aceitou a denúncia da PGR, tornando o sobrinho de Bolsonaro réu. Ele é acusado de cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado da União.
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"[Léo Índio] destruiu e concorreu para a destruição, inutilização e deterioração de patrimônio da União, ao avançar contra a sede do Congresso Nacional, fazendo-o com violência à pessoa e grave ameaça, emprego de substância inflamável e gerando prejuízo considerável para a União", diz um trecho de denúncia.
A PGR apontou ainda publicações em redes sociais postadas pelo próprio Léo Índio em meio aos acontecimentos do 8 de janeiro. Em uma das postagens, ele parece estar com outros apoiadores de Bolsonaro, na parte de cima do Congresso Nacional. O local foi invadido por centenas de pessoas na ocasião.
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Ele também aparece, em uma outra publicação, próximo à sede do STF que, ao fundo, era invadido e depredado. Conforme a PGR, ele frequentava o acampamento golpista em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília.
Com informações da Agência Brasil