Uma professora, de 65 anos, denuncia ter sido espancada por familiares de um aluno em sua residência, no bairro Resgate, em Salvador, na Bahia.
Célia Regina relatou que a agressão aconteceu uma semana depois que a própria criança, de 7 anos, a agrediu com um tapa em seu rosto por ela ter cobrado dever de casa.
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A professora declarou que o problema surgiu quando ela advertiu o menino de que as aulas eram particulares e, por isso, ele deveria fazer os exercícios que ela pede.
“Eu disse ‘menino, você não copiou nada’”. O aluno respondeu de forma agressiva: “Não copiei, e daí?”. A professora rebateu: “E vamos estudar como? E aí ele foi e deu um tapa no meu rosto”, afirmou, em entrevista ao programa Balanço Geral, na Record TV. Em seguida, Célia chamou a mãe da criança.
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Ela disse, ainda, que a mãe não quis entender o que aconteceu. Para piorar a situação, uma semana depois disso, o menino voltou para a aula particular com um celular, que a própria mãe tinha dado para ele gravar a aula.
“Foi o que eu disse a ele: se comporte, pelo amor de Deus, e não me bata, me respeite”, apontou. Ela contou que chamou a mãe novamente, porque não gostou da ideia de ter a aula gravada.
A mãe, então, se dirigiu à residência da professora, acompanhada da tia e do padrasto da criança. Quando Célia foi ao encontro dos familiares, foi agredida.
“Ele subiu (até a casa), me pegou pelo cabelo e me jogou no chão”, relembrou, se referindo ao padrasto. “Aí começaram as sessões de tortura. Eles só não me mataram devido à vizinha aqui do lado”, desabafou.
Célia levou chutes, teve o cabelo arrancado pelos familiares do menino e, ainda, disse ter sido ameaçada de morte e de estupro pelo homem, que tinha levado uma arma de choque.
“Ele disse que ia me matar e que para ele não ia dar em nada, porque ele iria preso, amanhã iria ter audiência de custódia, ele iria solto e eu ia ficar dentro do caixão”, denunciou.
No momento da agressão, a professora ministrava aula para outros alunos de idade inferior à do menino, que assistiram à cena e se assustaram. A partir desse dia, Célia não saiu mais de casa e afirmou estar traumatizada.
Família nega
Depois da repercussão do caso, a família do menino negou o relato de Célia. A mãe, que preferiu não se identificar, afirmou que a professora cometia maus-tratos contra a criança.
O advogado da família afirmou, em entrevista à TV Aratu, que o menino contou sofrer “tratamento agressivo” e ameaças de Célia. Além disso, a mãe alegou que apresentou um áudio que, segundo ela, flagrou a professora empurrando e chamando a criança de “palhaço arruaceiro”.
Célia Regina registrou boletim de ocorrência (BO) e o caso é investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Salvador.
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