O estudante de Jornalismo baleado por um policial militar, Igor Melo, foi recebido de forma emocionante ao voltar ao bar onde trabalhava como garçom antes de ser vítima do PM reformado Carlos Alberto de Jesus. Com uma multidão o aplaudindo, Igor entrou chorando no bar Batuq Samba, no Rio de Janeiro.
O universitário foi vítima de violência policial no dia 24 de fevereiro enquanto voltava para casa. Ele estava na garupa da mototaxista Thiago Marques Gonçalves quando ambos foram parados pelo policial após serem falsamente acusados de roubarem o celular da esposa do PM.
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O policial alvejou Igor nas costas e o jovem, de 31 anos e pai de um menino de dois anos, precisou ficar internado em estado grave e perdeu um rim devido ao disparo. Ele também havia sido preso em flagrante, mas o Ministério Público arquivou as acusações pois foi comprovado que tanto ele quanto Thiago estavam trabalhando no momento do crime.
Neste domingo (23), Igor voltou ao bar onde trabalhava e foi recebido com aplausos por uma multidão de clientes e funcionários. Nas imagens, o jovem aparece bastante emocionado com a recepção. Veja o vídeo mais abaixo.
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Na legenda da publicação, o bar comentou: "Com certeza hoje é um dos dias mais importantes na nossa caminhada, vamos celebrar sua vida, sua luta, seu amor ao próximo, sua alegria e todo aprendizado que você esta proporcionando a todos nós!".
Justiça arquiva acusações contra estudante baleado por PM
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) arquivou as acusações contra o estudante de jornalismo Igor Melo, 31, baleado por um policial militar da reserva após falsa acusação de roubo, e contra o motociclista Thiago Marques Gonçalves.
O caso de violência aconteceu na madrugada do dia 24 de fevereiro, quando Igor voltava para casa na garupa da moto de Thiago e foi baleado pelo PM Carlos Alberto de Jesus, na Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, após ser confundido com um assaltante que teria roubado o celular da esposa do policial. O estudante e influenciador botafoguense foi atingido nas costas e ficou internado por cinco dias. Ele precisou passar por uma cirurgia para retirar um rim.
Em depoimento à polícia, o PM confirmou que atirou contra Igor e fez declarações contraditórias, afirmando no segundo depoimento que o estudante teria feito menção de que estaria armado. Sua esposa, Josilene da Silva Souza, também deu dois depoimentos com informações diferentes, primeiro afirmando que Igor teria chegado a sacar uma arma, e depois dizendo que apenas viu um volume na cintura do estudante, e acreditou ser uma arma.
A investigação do Ministério Público confirmou que Igor e Thiago estavam trabalhando na hora do assalto ocorrido com Josilene. Na decisão, a juíza Camila Rocha Guerin também determinou que a Polícia Civil devolva a moto de Thiago que estava apreendida desde 23 de fevereiro.
O PM que efetuou os disparos contra Igor é investigado pela 22ª DP (Penha) e pela Corregedoria da PM.
