O município de São Tomé das Letras, em Minas Gerais, costuma atrair milhares de turistas por ano, principalmente por ser considerada uma cidade mística, com suas lendas, histórias sobrenaturais e, digamos, “focos de energia e espiritualidade”.
Agora, a prefeitura resolveu divulgar, via redes sociais, um alerta aos visitantes a respeito de alimentos vendidos no município, que recebem nomes exóticos, como “brisadeiros”, “brisamelos”, “brownies mágicos”, “brigaconha”, “doces mágicos”, entre outros tipos.
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A medida tomada pela prefeitura foi motivada pelo fato de que, pelo menos, 13 turistas que consumiram esses alimentos passaram mal e apresentaram sintomas, como alucinações, vômitos e diarreia.
A prefeitura informou que esses produtos podem conter substâncias ilícitas, como cannabis e crack, além de medicamentos psicotrópicos, cogumelos alucinógenos e amônia.
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Ainda conforme a administração municipal, os alimentos não possuem respaldo para venda e não há garantia de procedência ou condições adequadas de higiene.
A prefeitura destacou, também, que quem consumir os "docinhos mágicos” corre o risco de sofrer intoxicação grave, sintomas psiquiátricos sérios e, em casos extremos, pode morrer.
Alguns sintomas apresentados: alucinações, vômito, diarreia, náusea, sensação aérea, mal-estar, xerostomia (boca seca), palpitações e desconforto no tórax.
Balanço divulgado pela prefeitura concluiu que, nos dois primeiros meses de 2025, foram registradas 13 notificações de pessoas que passaram mal com o consumo desses alimentos. As vítimas são homens e mulheres, entre 19 e 53 anos. Confira quadro com alerta da prefeitura:
Trabalho de conscientização
A assessoria de imprensa da prefeitura de São Tomé informou ao G1 que a fiscalização da comercialização desse tipo de produto “é um dever da polícia”.
Ressaltou, também, que o trabalho preventivo que a administração municipal tem feito é a conscientização por meio das redes sociais e com carro de som pelas ruas, com objetivo de alertar os turistas para que não comprem e não consumam esses alimentos.
“A nossa população no geral é bem consciente dos malefícios e ajuda repassando aos turistas a informação. A vigilância sanitária tem feito um trabalho para redução de danos para que diminua cada vez mais esse consumo por parte dos ‘turistas curiosos’ que acham que isso é legalizado aqui na cidade, sendo que não é”, ressaltou.
A prefeitura também alegou que os vendedores seriam de outras cidades que foram morar em São Tomé das Letras, “que possuem baixo poder financeiro e vendem isso para ter renda”.
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