TRIBUNAL DO CRIME

Execução de amigas pelo tribunal do crime teve transmissão para presídio

Mandante teria assistido tortura e morte de duas mulheres de 18 anos de dentro de sua cela

Ayla Pereira dos Santos e Anna Clara Ramos Felipe.Créditos: Reprodução
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As amigas Anna Clara Ramos Felipe e Ayla Pereira dos Santos, ambas de 18 anos, foram torturadas e executadas pelo tribunal do crime em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá (MT). Seus corpos foram encontrados no dia 29 de janeiro.

Segundo investigações da Polícia Civil, o crime foi transmitido por videochamada para o detento acusado de encomendar as mortes. Foi cumprido mandado de busca e apreensão contra ele neta terça-feira (18), na Penitenciária Central do Estado (PCE).

Foram encontrados nas buscas na cela do investigado chips e celulares. Entre o material, estava o celular que o delegado acredita ser o mesmo que foi usado para transmitir as mortes.

As vítimas, segundo o delegado responsável pelo caso, tinham envolvimento com a facção e as mortes foram a mando da organização criminosa. A Polícia Civil ainda investiga a motivação do crime.

Uma jovem de 19 anos, uma outra mulher e um homem de 34 anos, que não tiveram os nomes divulgados, foram presos por suspeita de envolvimento no crime. Eles foram autuados em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver.

Um quinto suspeito, que também teve a ordem de prisão decretada pela Justiça, segue foragido.

A videochamada

Várias pessoas estavam na videochamada que acompanhou a tortura e morte das duas mulheres. Segundo o delegado, Igor Sasaki, não dá pra afirmar se elas tiveram participação no crime ou se apenas estavam na mesma cela do mandante.

"Na videochamada, tinha mais de uma pessoa, mas a gente ainda está realizando diligências para responsabilizar os outros que estavam nessa ligação", disse.

Relembre o caso

A jovem transexual Ayla e a amiga Anna Clara foram encontrados amordaçados e com queimaduras no dia 29 de janeiro em uma região de mata. Elas estavam desaparecidas desde o dia anterior.

Uma suspeita, de 19 anos, indicou para a Polícia Civil o local em que ocorria um “tribunal do crime” por uma organização criminosa.

Segundo ela, duas pessoas estavam amarradas em uma casa e que depois de serem mortas, as vítimas foram levadas aos fundos, em uma região de pasto.

Na casa foram encontradas uma barra de ferro semelhante às marcas encontradas nas duas jovens, além de uma porção grande de maconha, pá, picareta e uma escavadeira.

Com informações do G1

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