TRAFICANTE

Traficante suspeito de atirar na cabeça de jogador de futebol pode ter sido morto pelo CV

Delegacia de homicídios investiga a morte de “Testa de Ferro”; chefes do Comando Vermelho teriam ficado incomodados com o caso

Testa de Ferro e Kauan Galdino.Créditos: Redes Sociais/Montagem
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O traficante conhecido como “Testa de Ferro”, suspeito de ter atirado na cabeça do jogador de futebol Kauan Galdino Pereira, de 18 anos, em Queimados, na Baixada Fluminense, pode ter sido executado por chefes do Comando Vermelho.

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga a possibilidade da execução. Chefes da facção criminosa teriam se irritado com a decisão do traficante e, para evitar "problemas", teriam determinado a execução do criminoso.

O crime contra o jogador de futebol ocorreu durante um baile funk, na madrugada do dia 1º de janeiro. “Testa de Ferro” não gostou e simplesmente deu um tiro na cabeça do garoto.

O suspeito, de acordo com testemunhas, exigiu que Kauan pedisse desculpas. O rapaz, no entanto, ficou nervoso e não pediu. O traficante, identificado como De Ferro, sacou a arma e atirou na cabeça do jogador.

Estado gravíssimo

Em um primeiro momento, o jogador foi levado para a UPA de Queimados, mas com a gravidade do seu estado de saúde, acabou encaminhado para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu.

Ele está internado no CTI do hospital e, segundo a Prefeitura de Nova Iguaçu, seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Ele passará por novos exames nesta sexta-feira (3). A família de Kauan fez apelos nas redes sociais por doação de sangue.

Kauan é goleiro e sonha em se tornar jogador profissional. O caso está sendo investigado pela 55ª DP (Queimados).

O desabafo do pai de Kauan

Renato Pereira, o pai de Kauan, revelou para o G1 na manhã desta sexta-feira (3), no Hospital Geral de Nova Iguaçu, que o rapaz havia acabado de receber uma mensagem do exército e que ele foi aprovado para ser paraquedista.

“Pô, cara, um ‘pisão’ no pé vai tirar a vida do jovem, sonhador. Meu filho cheio de vida, não podiam ter feito isso com meu filhinho, não. Meu filho é um menino de ouro.”

“Eu tava deitado, meu filho saiu, aí daqui a pouco bateram no portão e falaram que tinham dado um tiro no meu filho, que ele tava lá no UPA, aí eu saí desesperado atrás do meu filho”, contou.

“Covardia o que fizeram com ele, meu filho nunca fez mal a ninguém. Por que fizeram isso com o meu filho? Covardia. Eu quero justiça eu quero que quem fez isso com meu filho pague”, encerrou.

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