CHARLATANISMO?

Pastor gera revolta ao vender “adesivo ungido” para proteção de carros

A cerimônia, intitulada "Selo da Proteção", reuniu uma fila de fiéis à espera da bênção, causando grande repercussão nas redes sociais e gerando debates polarizados

Pastor gera revolta ao vender “adesivo ungido” para proteção de carros.o "bispo" Santos em ação pregando e adesivando carrosCréditos: Reprodução / Redes sociais
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Um vídeo do bispo Santos, líder da Catedral da Missão Mundial Servos, em Barreiras, Bahia, viralizou esta semana ao mostrar o religioso consagrando carros e distribuindo adesivos “ungidos”. A cerimônia, intitulada "Selo da Proteção", reuniu uma fila de fiéis à espera da bênção, causando grande repercussão nas redes sociais e gerando debates polarizados.

Durante o evento, o bispo explicou que os adesivos simbolizavam proteção divina, oferecendo segurança espiritual e física aos veículos e seus proprietários. Ele destacou que a iniciativa tinha como objetivo reforçar a fé e tranquilidade dos fiéis. Contudo, a prática foi alvo de críticas, com muitos acusando-a de se tratar de uma estratégia de marketing religioso.

Nas redes sociais, as discussões se tornaram acaloradas. Enquanto poucos internautas elogiaram a iniciativa, destacando a fé e a espiritualidade dos participantes, a maioria questionava de onde o pastor havia tirado a ideia da consagração de veículos, já que isso passa longe de qualquer semelhança com o Evangelho e acusaram o pastor de explorar a crença alheia. O vídeo foi amplamente compartilhado em plataformas como Twitter e Instagram, ampliando a polêmica.

A busca por símbolos de proteção em tempos de incerteza, especialmente em um contexto social de insegurança pode gerar ações desse tipo, mexendo com a fé alheia de forma a manipular mentes e sentimentos, transformando-se na banalização de rituais religiosos e indo além dos limites entre a fé e práticas comerciais.

Até o momento, o bispo Santos não se pronunciou sobre as críticas, mas seguidores da igreja têm divulgado testemunhos de gratidão pela cerimônia. Para muitos, o "Selo da Proteção" representa uma conexão com a espiritualidade e um ato de fé.

O caso também destaca o impacto das redes sociais na amplificação de práticas religiosas contemporâneas e reforça como a relação entre religião e cultura de consumo pode gerar engajamento e controvérsia. Enquanto o debate persiste, a cerimônia segue dividindo opiniões e ampliando a discussão sobre os limites da fé e suas manifestações públicas.

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