O influenciador e vendedor de carros de luxo, Ricardo Godoi, de 46 anos, morreu nesta segunda-feira (20), ao receber uma anestesia geral no hospital particular Dia Revitalite, em Itapema, Litoral Norte de Santa Catarina.
O motivo da anestesia geral, segundo um amigo do empresário, era fazer uma tatuagem. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o óbito.
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O dono do estúdio de tatuagem informou ao G1 que Godoi morreu durante a sedação e intubação, antes mesmo de começar o desenho. O sujeito, que achou melhor não se identificar, afirmou que o procedimento foi feito com acompanhamento de anestesista. Ele disse também que foram realizados exames, que constatarem que o empresário estava em boas condições de saúde.
Tanto o anestesista quanto o hospital foram procurados pela reportagem, mas não retornaram até o encerramento da reportagem.
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O que diz o Conselho Regional de Medicina
Segundo o Conselho Regional de Medicina, há um parecer que orienta os profissionais sobre procedimentos de tatuagens. O documento, assinado em 6 de junho de 2024, afirma que não há regra que proíba o profissional especializado de ministrar anestesia antes de uma tatuagem.
"É necessária a obtenção de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), assinado pelo paciente ou responsável legal, contendo os principais riscos da anestesia, bem como a identificação do médico responsável pela sua realização. Como sugestão, um TCLE direcionado para o procedimento, informando que o paciente não será capaz de opinar/interagir como profissional durante a sedação/anestesia", diz o documento do CRM.
O que diz o estúdio de tatuagem
"Primeiramente o Studio de Tatuagem lamenta profundamente o falecimento do Ricardo, que além de cliente era um grande amigo do proprietário do Studio. Esclarecemos que o Ricardo iria fazer conosco um fechamento de costas com anestesia geral, sedação e intubação. Para isso contratamos um hospital particular com toda equipe, equipamentos e drogas anestésicas necessárias para a segurança do procedimento. Contratamos também um médico com especialização em anestesiologia e experiência em intubação, que teve sua documentação aprovada pelo hospital.
Foram solicitados previamente exames de sangue, que não apontaram nenhum risco explícito [para] a realização do procedimento. O Ricardo assinou o termo de consentimento de risco do procedimento. O que ocorreu é que no começo da sedação e intubação ele teve uma parada cardiorrespiratória, que ocorreu antes mesmo de começarem a tatuarem ele, que foi verificado rapidamente e chamado um cardiologista para tentar reanimar ele, infelizmente sem sucesso".