Um plano engenhoso e de contornos diabólicos foi descoberto nas últimas horas pelo departamento responsável pela segurança do Ministério da Fazenda, e acabou por evitar uma tremenda dor de cabeça para o chefe da pasta, Fernando Haddad. A reportagem trazendo o esquema é do jornal Valor Econômico.
Após a explosão do caso da gigantesca onda de fake news da extrema direita que passou a espalhar que o Pix seria taxado no país, a área que cuida da segurança do ministro e de outros funcionários da Fazenda passou a realizar monitoramentos em redes sociais e aplicativos de mensagens, com o intuito de averiguar se algum tipo de ameaça a essas autoridades, ou até mesmo à instituição, estava em andamento.
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Foi então que um sujeito ainda não identificado, usando um aparelho celular do estado da Bahia, caiu no radar dos agentes de inteligência. Ele repassava em vários grupos e publicações extremistas o CPF do ministro Fernando Haddad, com a orientação para que as pessoas o colocassem no maior número possível de compras que realizassem. A intenção era gerar um gasto gigantesco atrelado ao CPF de Haddad para que o valor posteriormente se mostrasse incompatível com a renda dele, fazendo com que o ministro passasse a ser suspeito de irregularidades ou crimes fiscais.
Diante da constatação, o Ministério da Fazenda acionou imediatamente a Polícia Federal e repassou todos os dados encontrados até o momento sobre o esquema, dando início a uma investigação para identificar os envolvidos e prendê-los.
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Ainda que as fake news venham assombrado o Brasil há alguns anos, pelo menos desde a insalubre campanha eleitoral de 2018, nos últimos tempos essa prática característica dos setores da extrema direita, em especial por parte de admiradores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vem crescendo de tal forma que já ameaça a própria noção de realidade dos cidadãos. Um caso que comprova isso foi as acusações histéricas e irracionais de que o Pix seria taxado, algo jamais cogitado, e que acabou se tornando uma verdadeira crise para o governo do presidente Lula (PT) e levando a uma queda expressiva na utilização da ferramenta como forma de pagamento.