Um levantamento da Folha revelou nesta quarta-feira (28) a origem da fake news criada por Pablo Marçal (PRTB) para acusar Guilherme Boulos (PSOL) de uso de cocaína.
A campanha de Marçal pesquisou o nome de Boulos no Google e encontrou um processo por porte de droga. O processo de 2002 se refere a Guilherme Barduil Boulos, empresário e candidato a vereador na chapa de Ricardo Nunes. O candidato do PSOL é Guilherme Castro Boulos, pessoa completamente diferente.
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Mas a estratégia não é nova.
No ano passado, durante uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, o então ministro da Justiça, Flávio Dino, hoje no Supremo Tribunal Federal foi alvo de fake news similar.
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Na ocasião, o deputado André Fernandes (PL-CE) alegou ter encontrado informações no site JusBrasil indicando que Dino estaria envolvido em 277 processos judiciais.
Dino, que é professor de direito, explicou que o site pode listar nomes de pessoas envolvidas em diversos contextos legais, como aqueles que pedem direito de resposta ou que são testemunhas, e não apenas réus. Além disso, pasmem, Flávio Dino foi juiz federal. Por isso, seu nome constava em diferentes processos.
Em suas palavras, "Aparecem os nomes de quem pediu o direito de resposta na Justiça, de quem foi requerido no pedido de resposta, aparece o nome de quem registrou a candidatura ou prestou contas à Justiça Eleitoral".
Dino afirmou que usaria a ilação de "anedota" em sala de aula - afinal, é professor de direito - e ainda adicionou que a afirmação de Fernandes “se insere mais ou menos no mesmo continente mental de quem acha que a Terra é plana“.
Relembre: