PABLO MARÇAL

Marçal repete com Boulos estratégia que fez Dino humilhar bolsonarista: "terra plana"

No ano passado, Flávio Dino também foi alvo de fake news similar de bolsonarista André Fernandes (PL)

Dino também foi alvo de fake news envolvendo Jusbrasil
Dino também foi alvo de fake news envolvendo JusbrasilCréditos: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Escrito en BRASIL el

Um levantamento da Folha revelou nesta quarta-feira (28) a origem da fake news criada por Pablo Marçal (PRTB) para acusar Guilherme Boulos (PSOL) de uso de cocaína.

A campanha de Marçal pesquisou o nome de Boulos no Google e encontrou um processo por porte de droga. O processo de 2002 se refere a Guilherme Barduil Boulos, empresário e candidato a vereador na chapa de Ricardo Nunes. O candidato do PSOL é Guilherme Castro Boulos, pessoa completamente diferente.

Mas a estratégia não é nova.

No ano passado, durante uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, o então ministro da Justiça, Flávio Dino, hoje no Supremo Tribunal Federal foi alvo de fake news similar.

Na ocasião, o deputado André Fernandes (PL-CE) alegou ter encontrado informações no site JusBrasil indicando que Dino estaria envolvido em 277 processos judiciais.

Dino, que é professor de direito, explicou que o site pode listar nomes de pessoas envolvidas em diversos contextos legais, como aqueles que pedem direito de resposta ou que são testemunhas, e não apenas réus. Além disso, pasmem, Flávio Dino foi juiz federal. Por isso, seu nome constava em diferentes processos.

Em suas palavras, "Aparecem os nomes de quem pediu o direito de resposta na Justiça, de quem foi requerido no pedido de resposta, aparece o nome de quem registrou a candidatura ou prestou contas à Justiça Eleitoral".

Dino afirmou que usaria a ilação de "anedota" em sala de aula - afinal, é professor de direito - e ainda adicionou que a afirmação de Fernandes “se insere mais ou menos no mesmo continente mental de quem acha que a Terra é plana“.

Relembre:

 

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar