Marcos Bezerra Santos foi preso nesta quarta-feira (21), em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. Ele e um comparsa são acusados de alugar uma residência para vender drogas. Os dois foram pegos em flagrante vendendo cocaína para uma mulher.
Seria uma notícia banal para uma cidade como São Paulo, não fosse uma incrível coincidência. Bezerra foi preso em 2001, condenado e cumpriu pena pelo sequestro de Patrícia Abravanel, filha do apresentador Silvio Santos, morto no último sábado (17), aos 93 anos.
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Dentro da casa havia um bar “secreto”, com máquinas caça-níqueis que foram periciadas e apreendidas. A delegada Vanessa Bastos Guimarães afirmou que os dois foram autuados em flagrante por crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas e jogo de azar.
O sequestro de Patrícia
Patrícia foi sequestrada em agosto de 2001, e passou sete dias em um cativeiro. Ela foi solta no dia 28 daquele mês, após sua família pagar o resgate e voltou para casa dirigindo o próprio carro.
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Em uma cena inúmeras vezes repetida no dia da morte de seu pai, ela deu entrevista na sacada de sua casa e deu detalhes sobre o sequestro.
Seis pessoas foram citadas como envolvidas no sequestro: Marcelo Batista dos Santos, Esdras Dutra Pinto, Luciana dos Santos Souza, Tatiana Pereira da Silva, Marcos Bezerra Santos e Fernando Dutra Pinto, o líder do bando.
Marcelo e Esdras foram presos horas após a libertação de Patrícia. Fernando Dutra Pinto, e sua namorada, Luciana, fugiram com o dinheiro do resgate. Marcos, que foi preso em São Paulo nesta quarta-feira, conseguiu ficar foragido até abril de 2003, quando finalmente foi preso, condenado e cumpriu pena.
O sequestro de Silvio
Após longa caçada, Fernando Dutra Pinto invadiu a casa de Silvio Santos no dia 30 de abril, e sequestrou o próprio apresentador. Ele havia matado anteriormente dois policias em uma troca de tiros. Seu objetivo, então, era garantir a própria vida e não ser morto pela polícia em represália. Em uma história fantástica, contada repetidas vezes desde então, o sequestrador ficou durante seis horas com Silvio, até ser convencido pelo próprio, com a presença do então governador Geraldo Alckmin no entorno da mansão, a se entregar.