Marcos Paulo da Silva, o Lúcifer, virou um dos personagens mais assustadores e curiosos da crônica policial dos últimos anos. Dissidente do Primeiro Comando da Capital (PCC), acabou líder do grupo “Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho”, e se notabilizou após começar a matar companheiros de cela de sua antiga facção.
Durante audiência por videoconferência quando estava preso na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), Lúcifer, cuja pena ultrapassa 130 anos e está preso há mais de 20, detalhou suas razões pra cometer os crimes:
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“A nossa luta se sobrepõe a essa liberdade física. É melhor lutar. Prefiro morrer lutando do que viver curvado para os outros. Não vou me curvar a ninguém. A liberdade física é um dos meus últimos planos. A nossa luta é exterminar esses caras. Em qualquer lugar que eu estiver vão morrer, se não for pelas minhas mãos será a mando meu”, afirmou.
Questionado pelo juiz se não sentia falta da liberdade, ele afirmou:
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“A liberdade não é só física. Espiritual e psicologicamente eu estou liberto. Fisicamente preso, mas espiritualmente estou livre.”
Lúcifer foi diagnosticado com psicose e se orgulha de ter matado mais de 50 membros de facções rivais, sobretudo o PCC, dentro dos presídios de São Paulo.
Em maio de 2022, a Justiça de São Paulo condenou três integrantes do Cerol Fininho por dois homicídios, sendo que uma das vítimas foi decapitada.
Os criminosos, segundo a coluna Na Mira, do Metrópoles, foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). Segundo o órgão, os assassinos dividiam cela com as vítimas e as matavam para se firmarem como lideranças entre os demais presos.
A Cerol Fininho
A desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo, afirma que Lúcifer rompeu com o PCC em 2013, e passou a encarar membros da facção como um inimigo a ser exterminado. Ele, então, criou a Cerol Fininho, uma facção dedicada a eliminar com extrema crueldade membros do PCC e de outras organizações rivais.
O nome “Cerol Fininho” faz referência ao uso de linhas cortantes misturadas com vidro e cola, uma prática que simboliza as execuções brutais realizadas pelo grupo. Após os homicídios, o criminoso escrevia o nome de seu grupo nas paredes das celas com o sangue das vítimas.
Histórias horrorosas envolvendo Lúcifer e sua facção se multiplicaram pelos presídios de São Paulo, transformando o criminoso como um dos mais temidos pelos próprios presos. Segundo informações de fontes de segurança pública, atualmente ele está em um estado de grande descontrole mental em uma penitenciária de São Paulo.
Veja o víeo com o depoimento de Lúcifer abaixo: