A Polícia Federal (PF) iniciou, nesta terça-feira (13), a investigação que busca apontar as causas e os responsáveis pela queda do avião ATR 72 em Vinhedo (SP), na sexta-feira (9), que provocou a morte de 62 pessoas.
A aeronave da companhia aérea Voepass, antiga Passaredo, fazia a rota Cascavel (PR) - Guarulhos (SP), quando caiu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo. Imagens gravadas por moradores mostram o avião girando em círculos até se chocar com o chão e explodir.
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De acordo com a PF, um laudo preliminar deve ficar pronto até esta sexta-feira (16). Na fase seguinte, os policiais devem ouvir os donos da Voepass, a equipe de manutenção das aeronaves e os operadores das Torres de Comando. "Não descartamos nenhuma hipótese até agora", declarou o chefe da PF de Campinas (SP), delegado Edson Geraldo de Souza.
Os policiais também devem ouvir testemunhas que viram a queda do avião.
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Ainda nesta terça (13), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), revelou que as caixas-pretas do avião gravaram os registros de voz e dados da aeronave relacionados ao acidente aéreo. Com esse material, a PF vai conduzir a fase dos depoimentos.
Em relação à análise dos destroços do avião, essa é conduzida por um equipe de engenharia do Cenipa, que vai apurar se todas as partes da aeronave estavam funcionando. O relatório preliminar deve sair em 30 dias.
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"Fatores contribuintes"
Esse documento da Cenipa vai apontar os "fatores contribuintes" para a queda do avião, que devem embasar as investigações da PF. São eles: fator material, que se refere a aspectos de desenho, projeto e fabricação da aeronave; fator operacional, que trata sobre a condução do avião pelos pilotos através da experiência deles, além de fenômenos meteorológicos e manutenção da aeronave; e o fator humano, que avalia o psicológico do piloto e copiloto por meio de consultas médicas.
Uma das hipóteses levantadas por peritos para a queda do avião é que houve uma formação de gelo nas asas, fazendo com que a aeronave perdesse sustentação. Em 2013, esse acúmulo de gelo causou um incidente grave em um ATR 72-212A, semelhante ao avião da Voepass, na Bahia. Ele era operado pela extinta Trip Linhas Aéreas.
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