O carioca Thiago Martins Maranhão, 41, é professor de música. Além disso, é filho do baterista Ivan Conti, conhecido por todos como Mamão, da banda Azymuth, que morreu aos 76 anos em abril do ano passado.
Com um histórico assim, nascido e criado em um ambiente artístico, fica ainda mais difícil entender a razão dele ter sido flagrado fazendo gestos racistas. Thiago foi filmado dançando e imitando macaco, no dia 19 de julho, na prestigiada roda de samba PedeTereza, que acontece na Praça Tiradentes, centro do Rio de Janeiro.
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Ao seu lado, fazendo os mesmos gestos, estava a também musicista argentina Carolina Palma, que mora em Buenos Aires. Ela estava no Brasil para participar de um seminário organizado pelo Fórum Latino-Americano de Educação Musical (Fladem) e já foi embora. Segundo investigadores da Polícia Civil, o Centro de Cooperação Policial Internacional do RJ ajudou na identificação dela.
Os dois foram filmados pela jornalista Jackeline Oliveira e tiveram suas identidades reveladas depois da grande repercussão nas redes sociais.
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Demitido
Thiago dava aulas de música em uma escola bilíngue de São Paulo. A instituição informou, na tarde desta segunda-feira, por nota, que o carioca "envolvido no incidente não fará parte do quadro de colaboradores para o segundo semestre letivo".
A assessoria da instituição afirmou ter sido "surpreendida pelas notícias que circularam sobre o fato ocorrido no período de férias e fora do ambiente escolar".
A escola disse ainda através de nota que "não compactua com nenhum ato ou manifestação que fira os valores de respeito à diversidade cultivados em nossa instituição". E reafirma que o "compromisso é promover um ambiente seguro para todos os nossos estudantes, colaboradores e a comunidade escolar através de uma educação de respeito e cidadania".