CRIME

Playboy do Porsche é denunciado por homicídio doloso e lesão corporal

Justiça analisa se determina a prisão preventiva do rapaz que estava a 156 km/h quando bateu o carro e matou um motorista de aplicativo

Créditos: Oslaim Brito Thenews2 Folhapress/Polícia Civil
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 A Promotoria de São Paulo denunciou nesta segunda-feira (29) Fernando Sastre de Andrade Filho, o motorista do Porsche, por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, ambos na modalidade de dolo eventual.

Fernando Sastre estava a 156 km/h quando bateu o Porsche na traseira do carro do motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana, de 52 anos, que morreu.

Na semana passada, a Polícia Civil concluiu o inquérito e pediu a prisão preventiva de Fernando Sastre. Com a denúncia da promotora do caso, Monique Ratton, o caso segue para o Tribunal de Justiça de São Paulo, que vai decidir se decreta ou não a prisão preventiva de Fernando Sastre.

Por meio de uma nota, o Ministério Público de São Paulo declarou que a promotora Ratton se manifestou pela prisão de Fernando Sastre para evitar que ele influencie as testemunhas. Ainda de acordo com o MPSP, Sastre consumiu álcool em dois estabelecimentos antes de pegar o seu Porsche, bater e matar um trabalhador de aplicativo.


Câmeras corporais mostram momento que PM libera motorista de Porsche sem bafômetro

Imagens das câmeras corporais dos policiais que atenderam a ocorrência do caso do Porsche mostram Fernando Sastre de Andrade Filho sendo liberado do local pela Polícia Militar sem realizar o teste do bafômetro.

Após o acidente, a mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, foi ao local e retirou o motorista da cena do crime com o aval da PM, afirmando que o levaria ao hospital. No vídeo divulgado, é possível ver o tratamento dado a Fernando. 

A policial pergunta para o motorista o que aconteceu, e Fernando diz que estava saindo com Marcus (amigo e carona de Fernando, que também ficou ferido) e que estavam indo para casa quando aconteceu um "acidente horrível", e que não se lembrava de "mais nada". A policial questiona se ele só se recorda mesmo disso, e Fernando confirma.

A agente, então, pede para que ele leia o depoimento e assine, e em seguida o libera com a mãe. "Pode ir agora?", diz Daniela. A policial apenas pergunta para qual hospital ela vai levar Fernando e libera os dois. "Pode ir", permite. Veja o vídeo abaixo:

Motorista é indiciado

Nesta quinta-feira (25), a Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito do caso e pediu, pela terceira vez, a prisão de Fernando, que foi indiciado por homicídio por dolo eventual, lesão corporal e fuga do local do acidente.

A polícia já havia enviado dois pedidos de prisão (temporária e preventiva) à Justiça, que negou as solicitações. O pedido dessa vez também é para prisão preventiva para o empresário. O delegado responsável pelo inquérito justificou o terceiro pedido como garantia da ordem pública. Segundo ele, esse tipo de crime causa muita comoção popular e precisa ser punido exemplarmente.

Além de Fernando, Daniela também foi indiciada como coautora pela fuga do local do acidente.

Relembre o caso

No dia 31 de março, Fernando atropelou e matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana enquanto dirigia o veículo a 156 km/h na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. pós o acidente, Fernando foi retirado pela mãe da cena do crime, com aval da Polícia Militar, sem realizar o teste do bafômetro e prestar socorro à vítima

Segundo relato do carona Marcus Vinicius Machado Rocha, Fernando tomou 9 drinks antes de dirigir. Além disso, a comanda do estabelecimento confirma o consumo. Ao todo, Fernando, a namorada e amigos gastaram mais de R$ 600 em comidas e bebidas.

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