A modelo Eliziany Silva foi proibida pela Justiça de falar sobre as denúncias de violência contra Fernando Sastre de Andrade, o pai de Fernando Sastre de Andrade Filho - motorista de Porsche que matou o trabalhador Ornaldo da Silva Viana no fim de março, enquanto dirigia a 156km/h na zona leste de São Paulo.
A decisão da Justiça foi um pedido de pai e filho para que Eliziany fosse proibida de falar publicamente sobre o caso, que corre em sigilo mas foi divulgado na semana passada. Fernando Sastre de Andrade é acusado de violência física, tortura, sequestro, ameaças e abusos psicológicos. Com a decisão da 3ª Vara Cível, desta segunda-feira (29), a modelo não pode divulgar vídeos, áudios, documentos ou qualquer conteúdo sobre o que é discutido no processo sigiloso.
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O juiz, ao aprovar o pedido, afirmou que Eliziany poderia estar tentando "macular a imagem dos autores para fatos ainda em discussão com o intuito de obter algum proveito", visto que divulgou informações sobre o caso "somente após o envolvimento do coautor Fernando em acidente de grande repercussão nacional".
"Persistindo a divulgação tal como realizada, inequívocos os prejuízos à imagem, à honra e à moral dos autores, influindo, inclusive, na atividade empresarial por eles desenvolvida, atingindo terceiros alheios à discórdia existente entre as partes”, diz a decisão obtida pelo O Globo.
Caso Eliziany descumpra a decisão, ela terá que arcar multa de R$ 5.000,00 por cada descumprimento.
Entenda o caso
De acordo com informações do blog True Crime, do jornal O Globo, divulgadas no dia 24 de abril, Eliziany registrou dois boletins de ocorrência contra Fernando Sastre de Andrade. O primeiro deles foi registrado em 12 de julho de 2023, na 5ª Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo. Segundo ela, em 30 de junho de 2018, o empresário a agrediu com tapas em seu rosto e a empurrou na cama. A seguir, ele pegou um fio de carregador de telefone celular, fazendo menção de enforcá-la.
Eliziany fugiu para o banheiro. Ao alcançá-la no box, ele desferiu um tapa em seu rosto e tentou enforcá-la com as mãos. Após o episódio, segundo seu relato, ela teve que ser atendida no pronto-socorro do Hospital Adventista de São Paulo. Disse ainda que não fez a denúncia na época por ter se sentido ameaçada por Fernando.
Ele teria dito que “controlava a polícia”, que era muito rico e que conhecia membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). A modelo também afirma que, apesar de não ter incluído na denúncia, já sofreu agressão do filho do empresário também, que teria lhe dado um soco no rosto.