APOLOGIA AO NAZISMO

Professor que fazia postagens nazistas é identificado pela Abin e afastado

A agência afirma que ele fazia postagens com “apologia ao nazismo, difundiam o antissemitismo e estimulavam o negacionismo do holocausto”

O professor Peterson em aula.Créditos: Redes Sociais
Escrito en BRASIL el

Agência Brasileira de Inteligência (Abin) identificou e a Polícia Civil afastou nesta quinta-feira (18), das salas de aula, o professor Peterson Machado, acusado de fazer apologia ao nazismo. Ele é professor de história em dois colégios de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

A Abin afirma que o professor fazia postagens em suas redes sociais com “apologia ao nazismo, difundiam o antissemitismo e estimulavam o negacionismo do holocausto”.

Peterson vinha sendo investigado pela Polícia Civil do Paraná por ser considerado como um “risco potencial”.

A Justiça autorizou busca e apreensão em endereços relacionados ao docente e em colégios que ele trabalha, após indícios encontrados nas redes.

O professor foi proibido de dar aulas e os matérias apreendidos serão encaminhados para a perícia.

Vyctor Grotti, o delegado responsável pelo caso, afirmou que Peterson é investigado por incitar a discriminação e preconceito de raça, cor e procedência nacional e por veicular símbolos com apologia ao nazismo.

“Apuramos que o indivíduo, através de suas redes sociais, estaria fazendo apologia ao nazismo, veiculando símbolos e emblemas que utilizam a cruz suástica, além de incitar a discriminação e preconceito de raça, cor e procedência nacional”, disse a polícia em nota sobre a prisão.

"Recebemos informações da Abin sobre esse professor estar compartilhando conteúdos racistas, nazistas, xenófobos e antissemitas no Facebook. O caso foi passado para o nosso setor de investigação da DHPP e começamos a analisar o perfil do próprio professor e da rede social dele", disse ainda o delegado.

A Abin identificou o professor após atuação intensa contra grupos extremistas atuantes no Brasil, cuja ideologia estimula o recurso à violência contra grupos étnicos específicos, mulheres e minorias.

A agência trabalha agora para “mapear estruturas extremistas, verificar vínculos com grupos estrangeiros similares, apurar os efeitos negativos do crescimento dessas ideologias para a Democracia e colaborar com as autoridades de segurança para neutralizá-las”.

As publicações

O professor chegou a publicar em sua conta do Facebook uma montagem de sua própria foto com referência a Hitler. Na imagem, ele aparece com um bigode, cabelos e postura que fazem alusão ao ex-líder nazista.

O suspeito também publicava imagens incitando ódio à população nordestina. "Mega-sena no Nordeste acumulou em 20 litros de água", diz um dos posts. "Você pode controlar completamente uma garota nordestina lhe oferecendo cuscuz, uma rede pra dormir […]", afirma outra publicação.

Com informações da Banda B