O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) comunicou que o El Niño, fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial, está em declínio e que a La Niña começará nos próximos meses. Desde o início de abril, as temperaturas da superfície do mar (TSMs) na região do Niño 3.4, referência para o El Niño, registraram um resfriamento considerável. Nos últimos cinco dias, os valores atingiram cerca de 0,5ºC acima da média.
De acordo com os modelos climáticos analisados pelo Inmet, a neutralidade climática deve prevalecer no Oceano Pacífico até meados de junho. Isso significa que as temperaturas das TSMs devem se estabilizar em torno da média. Entre fevereiro e março deste ano, as TSMs na região do Niño 3.4 já apresentavam um declínio gradual, passando de 1,5°C para 1,2°C acima da média.
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Enquanto isso, áreas do Pacífico Equatorial, como a costa oeste da América do Sul, já apresentam temperaturas mais baixas que o normal. Esse resfriamento é um sinal da possível formação da La Niña no segundo semestre, segundo boletim do Inmet.
O que é a La Niña?
A La Niña é o fenômeno climático oposto ao El Niño, caracterizado pela diminuição da temperatura da superfície das águas no Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental. Essa mudança nas temperaturas pode ter diversos impactos no clima ao redor do mundo, incluindo o Brasil.
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Efeitos no Brasil
O Inmet prevê que os efeitos da La Niña no Brasil podem ser sentidos já a partir de junho, julho e agosto, ou seja, durante o inverno. Isso significa que o país pode ter um inverno mais frio e chuvoso do que o normal, especialmente nas regiões Norte, Nordeste. Chuvas irregulares vão predominar na Região Sul, Centro-Oeste e parte do Sudeste do Brasil, principalmente durante os períodos de primavera e verão.