A Polícia Federal (PF) divulgou novas atualizações sobre o caso do barco encontrado à deriva no Pará com corpos de passageiros em estado de decomposição. Segundo investigação, as vítimas somam 9 pessoas, e não 20, como havia sido divulgado anteriormente. Além disso, os documentos indicam que elas têm nacionalidade africana.
A perícia da PF teve início nesta segunda-feira (15) após retirar o barco que estava na Baía do Maiaú, município de Bragança. As conclusões mostraram que as vítimas eram migrantes da região da Mauritânia e do Mali, países da África Ocidental. No entanto, a PF não descarta a possibilidade de pessoas de outras nacionalidades.
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Ainda de acordo com a PF, oito corpos estavam dentro da embarcação, e outro estava próxima a ela, “em circunstâncias que sugeriam fazer parte do mesmo grupo de vítimas”.
A partir de agora, dados biométricos, como impressões digitais, exames odontológicos, DNA, além de marcas como tatuagens, cicatrizes ou implantes serão analisados para melhor identificação das vítimas, além da causa e tempo da morte. Se identificados, possíveis familiares das vítimas podem ser entrevistados.
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Entenda o caso
No último sábado (13), um grupo de pescadores de Bragança identificou uma embarcação com corpos em decomposição em um rio da região. De acordo com o vídeo divulgado, os pescadores falaram em cerca de 20 corpos.
A PF foi imediatamente acionada e iniciou a operação de resgate e identificação das vítimas no domingo (14). Já o Ministério Público Federal (MPF) no Pará abriu duas investigações sobre o caso, uma na área criminal, para identificar possíveis crimes e a responsabilização penal; e outra na área cível, que se concentra em questões de interesse público e na proteção de direitos.
Sobre a embarcação, o capitão dos Portos da Amazônia Oriental, Ewerton Calfa, afirmou que era um barco artesanal, sem motor e sistema de governo para identificar a origem. Além disso, a Marinha informou que a embarcação não tinha sinais de danos estruturais.