IMPUNIDADE

PM que atirou em entregador alega legítima defesa e é liberado

Roy Martins Cavalcanti atirou em um entregador do iFood porque não queria descer para pegar o pedido; vítima está na UTI

Roy Martins Cavalcanti foi liberado após depoimento na delegacia.Créditos: Reprodução de Vídeo
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O policial militar que atirou no entregador de aplicativo Nilton Ramon Barromeu de Oliveira, de 25 anos, alegou legítima defesa durante depoimento, nesta quarta-feira (6), e foi liberado, além de ter sua arma usada no crime devolvida. O caso foi registrado como lesão corporal.

Roy Martins Cavalcanti, cabo da polícia militar, atirou em Nilton na noite desta segunda-feira (4) em Vila Valqueire, Zona Oeste do Rio, após o entregador se recusar a subir para entregar o lanche e voltar para o estabelecimento. O PM, então, foi até o local da lanchonete, na Praça Saiqui, e atirou no entregador. 

O caso repercutiu nas redes sociais e a Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro disse, em nota, que foi instaurado um processo para apurar as circunstâncias do caso. O PM teve sua arma apreendida temporariamente, mas obteve de volta após depoimento.

Nilton ficou gravemente ferido e passou por uma cirurgia no  Hospital Municipal Salgado Filho, onde está internado na UTI em estado grave

Agressões a entregadores 

A agressão a Nilton não é um caso isolado. Segundo o iFood, apenas neste ano foram registrados quatro mil casos de ameaça e agressão a seus entregadores no estado do Rio. 

No ano passado, a pedido dos colaboradores, a plataforma lançou uma Central de Apoio Psicológico e Jurídico no Rio para oferecer suporte a vítimas de violência. A partir disso, 28 atendimentos: 32% por ameaça, 25% por agressão física, 18% por discriminação e 7% por violência sexual. A maior parte dos casos (42%) foi registrada na Zona Sul da capital.