CRIME NO RIO

Terceiro suspeito de matar advogado é preso no Rio de Janeiro

Dois se entregaram à polícia e um foi preso durante operação; Advogado foi morto à luz do dia em frente à sede da OAB

Rodrigo Marinho Crespo, advogado morto a tiros em plena luz do dia.Créditos: Reprodução/Linkedin
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O terceiro suspeito de matar o advogado Rodrigo Marinho CrespoEduardo Sobreira Moraes, se entregou à polícia na tarde desta terça-feira (5) no Rio de Janeiro. De manhã, outros dois suspeitos de participar do assassinato já haviam sido presos: Leandro Machado da Silva e Cezar Daniel Mondego de Souza.

Eduardo, de 47 anos, foi o responsável por vigiar a vítima durante quatro dias, segundo a investigação. Ele estava foragido desde o final de semana e se entregou na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade.

Moraes foi nomeado três dias após o crime para um cargo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com um salário de R$ 2,1 mil, no Departamento de Patrimônio do órgão. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do Estado na sexta-feira (1°).

Souza também cumpria a função de vigiar a vítima dias antes do crime e tinha cargo na Alerj como assessor. Já Leandro Silva, que também se entregou à polícia, é apontado pelos investigadores como o autor dos vários disparos que acertaram o advogado.

Entenda o caso

O advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, foi morto a tiros por homens encapuzados na tarde do dia 26 de fevereiro no centro do Rio de Janeiro. Ele trabalhava na região e o crime foi cometido diante da sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Nesta segunda-feira (4), Eduardo e Leandro foram identificados. De acordo com apuração, Leandro é lotado do 15º BPM, localizado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e também é conhecido das autoridades fluminenses por ser segurança do bicheiro Vinícius Pereira Drumond, filho do histórico contraventor já falecido Luizinho Drumond, além de ocupar a vice-presidência da escola de samba Imperatriz Leopoldinense.

O suspeito de ser autor dos disparos também é o principal acusado de um outro homicídio, ocorrido em Duque de Caxias, em 2020. Charles Augusto Ponciano foi executado com 17 tiros de fuzil 5.56 e a perícia realizada pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) mostrou que as munições eram de um lote comprado pela Polícia Militar do Rio em 2008. A vítima, nesse caso, era ligada às milícias e teria sido morta em disputa com integrantes de uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas.